Política
Publicado em 26/02/2018, às 06h47 Folhapress
Conselheiros de campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) sugeriram ao presidenciável que a Caixa Econômica Federal encabece a lista de privatizações em eventual governo do tucano.
Para a equipe, a reputação abalada por seguidos escândalos de corrupção e a gestão preponderantemente escolhida por critérios políticos tornariam a mudança mais palatável para a opinião pública.
Pelo mesmo raciocínio, assessores de Alckmin argumentam que a entrega para a iniciativa privada de instituições consideradas mais técnicas, como o Banco do Brasil, deveria ser discutida mais adiante.
Há poucos dias, Alckmin confirmou o economista Persio Arida na coordenação do programa econômico de sua provável campanha presidencial. Com a escolha, ele reiterou o traço liberal que deseja imprimir à sua candidatura.
O economista já defendeu publicamente o fim do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que ele próprio presidiu no governo Itamar Franco —período em que ajudou a formular o Plano Real.
Filiado ao PSDB de 1993 a 2012, Arida é simpático à simplificação tributária e já elogiou a proposta de reforma para o setor elaborada pelo economista Bernard Appy, que reduziria cinco impostos a um só.
Alckmin vem dando mostras de que não tratará privatização como o tabu que foi em sua campanha presidencial anterior, em 2006.
OUTROS NOMES
Há meses, Alckmin senta-se com conselheiros e candidatos a conselheiros para a sua desejada candidatura. O tucano costuma, segundo interlocutores, ouvir mais do que falar e raramente emite opiniões.
O ritmo ainda não é acelerado. Por ora, para ansiedade da equipe que o cerca, a prioridade tem sido inaugurações e solenidades de governo, além de negociações sobre prévias partidárias e palanques estaduais.
Alckmin deve se desincompatibilizar do governo estadual em 7 de abril.
Com a desistência, antecipada pela Folha, do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, de disputar prévias com o governador paulista para a corrida presidencial, a expectativa é que a campanha ganhe impulso assim que ele deixar o cargo.
Uma pessoa com quem o governador paulista tem tido contato frequente é Rubens Barbosa. Ex-embaixador do Brasil em Washington, ele é visto como um bom nome para tocar a agenda de comércio exterior e discutir a abertura da economia brasileira.
No entorno do governador paulista, fala-se em atrair Ricardo Paes de Barros, ligado, porém, a outra presidenciável, a ex-senadora Marina Silva (Rede).
Referência no país no estudo da pobreza, Paes de Barros trabalhou por mais de 30 anos no Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada) e hoje é pesquisador no Insper.
Alckmin, por enquanto, não se sentou com ele para conversar.
Classificação Indicativa: Livre
Cozinha Saudável
Cinema em casa
Som perfeito
Notebook barato
Imperdível