Política

Vereadores da oposição e governo não apoiam projeto da prefeitura que retira benefício de servidores da Saúde

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Edis debateram matéria e servidores manifestaram foram da Casa nesta segunda-feira (4)  |   Bnews - Divulgação Antonio Queirós/CMS

Publicado em 04/06/2018, às 17h08   Juliana Nobre


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Não só os vereadores da oposição ao prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM) estão contrários ao projeto de lei complementar no que tange à lei 01/1991, retirando benefícios e gratificações de servidores públicos municipais da saúde. Em discurso na tribuna da Casa, na tarde desta segunda-feira (4), o vereador Odiosvaldo Vigas (PDT) defendeu a supressão do artigo 13 que trata da progressão dos servidores. O clima já havia ficado tenso na semana passada.

“Já conversei com o presidente desta Casa para que abra um canal de entendimento, de negociação. Pois esse artigo 13 não votarei. Precisamos ficar atentos para esse projeto”, disse o edil que é médico. 

A vereadora Aladilce Souza (PCdoB) também entrou no debate. A comunista, que é enfermeira, defendeu a categoria. “O prefeito criou uma comissão para estabelecer um instrumento de avaliação do desempenho e até hoje a comissão está na gaveta. Esse processo não se deu. Os servidores não são contrários a avaliação, pelo contrário. Inclusive o prefeito precisa fazer. Não é inativar o plano de carreira. Nós fizemos na CCJ cinco emendas nesse projeto e uma delas é suprimir o artigo 13 que trata dessa questão. Vamos fazer uma comissão suprapartidária”, defendeu.

O artigo 13 do PLC retira o artigo 37 do plano de cargos e salários. Ele garante que, caso a prefeitura não realize uma avaliação aos servidores a cada dois anos, o profissional avança progressivamente automaticamente. O novo texto aponta que o servidor ficará aguardando pela avaliação da prefeitura, sem prazo determinado.

De acordo com o presidente do sindicato dos servidores (Sindiseps), Bruno Carinhanha, a prefeitura não tem interesse em realizar as avaliações. “Já temos oito anos sem a avaliação. Se não fizeram em oito vão fazer em dois?”.

Ainda de acordo com o sindicalista, o projeto ainda retira os plantões de 24 horas e muda profissionais da Secretaria de Saúde para a Secretaria de Promoção Social e Combate à Pobreza. “Queremos que seja suprimido esse artigo, mas também precisamos rever outros, como a retirada dos plantões, o que é normal em qualquer lugar do mundo e ainda tiram os psicólogos e os assistentes sociais da secretaria de saúde e mandam para a Semps, retirando uma gratificação importante que é a GIQ (gratificação de incentivo à qualificação)”, explicou. 

Carinhanha ainda informou que haverá paralisação dos servidores nesta terça-feira (5) em frente a Secretaria de Gestão, nos Barris, a partir das 6h.


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