O Ministério da Saúde decidiu ampliar o programa de Home Care ("cuidado em domicílio"), no qual, prevê que no final deste ano cerca de 15 mil brasileiros internados em hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) , sejam tratados em sua própria residência.
Os novos critérios para a internação domiciliar serão divulgados ainda esta semana pelo governo.
A principal novidade é o pagamento de R$ 34.500 ao mês por equipe médica. Ainda este ano, o orçamento do Ministério da Saúde prevê a contratação de 250 equipes, cada uma com capacidade para atender 60 pacientes. A meta é que se chegue em 2014 a mil equipes.
Entre as iniciativas bem-sucedidas está a da Bahia. Criado em 2008, o serviço havia atendido 2.212 pacientes até dezembro. As 26 equipes - formadas por médicos, enfermeiros, assistentes sociais, nutricionistas, fisioterapeutas - estão divididas em 14 hospitais de dez municípios.
Nesse período, 40% das internações domiciliares ocorreram por tratamentos de feridas, 30% por sequelas neurológicas, 13% por hipertensão arterial e 10% por diabete. São pacientes que passaram pela internação convencional, tiveram o quadro estabilizado, mas ainda precisavam de cuidados médicos.
Programa - O novo programa não limita as enfermidades que podem ser atendidas, mas mantém a exclusão aos pacientes que dependem de ventilação mecânica.
A condição básica para que o paciente seja encaminhado para a internação domiciliar é ter um cuidador, alguém que se responsabilize pelo seu atendimento.
Saiba mais - Home Care é uma especialização na área da saúde que contribui para a rápida recuperação de pacientes. Isso acontece porque ao invés do paciente ir até o hospital para ser tratado, os profissionais de saúde vão até sua casa tratá-lo. O paciente recebe um tratamento similar ao dado em um hospital, com toda estrutura necessária para sua estabilidade no ambiente doméstico, como sonda, catéter, soroterapia, oxigenoterapia, dentre outros.
É traçada uma rotina para o cuidado ao paciente envolvendo todas as suas necessidades básicas e avançadas. É um trabalho interdisciplinar e pode envolver médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, fisioterapeutas, nutricionistas, dentre outros. Durante a assistência é eleito pela família um cuidador (que pode ser contratado ou escolhido entre seus familiares) para ser treinado no auxilio do paciente para suas atividades de vida diária como alimentação, banho, transporte e utilização do banheiro.
Informações da Agência Estado
