Salvador

Sem comida e com casa prestes a cair, mãe faz apelo para cuidar do filho com paralisia infantil

Gilberto Júnior/BNews
"Nós vivemos de favor dos vizinhos que nos ajudam", desabafou a dona de casa Maria Elizabete  |   Bnews - Divulgação Gilberto Júnior/BNews

Publicado em 22/09/2017, às 06h40   Diego Vieira


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Em uma casa simples de apenas um cômodo localizada no bairro de Jardim Nova Esperança, em Salvador, vivem Maria Elisabete, 58 anos, e Josenei dos Santos, 23, mãe e filho. Pouco espaço, armário sem alimentos, geladeira vazia e paredes sem reboco compõem o cenário da humilde moradia. Em meio a vários problemas, os dois se deparam frequentemente com a fome e o medo, já que a residência corre risco de desabar a qualquer momento.

Além disso, Josenei sofre de paralisia infantil, o que dificulta ainda mais a estadia no imóvel, que não oferece nenhum tipo de acessibilidade. Diante do apelo da vizinhança, a reportagem do BNews esteve no local e constatou a triste realidade em que vivem.

"Nós vivemos de favor dos vizinhos que nos ajudam. Um me dá um quilo de arroz, outro um quilo de açúcar e assim vamos vivendo. Estamos há mais de seis anos nessa vida. É muito difícil", desabafou a dona de casa. Segundo ela, o filho deixou de receber o benefício do INSS, desde o falecimento do esposo em 2011. "O pai dele era o responsável por receber o dinheiro, mas desde quando ele se foi perdemos o benefício e não conseguimos transferir a responsabilidade para mim", explicou. 

Ainda conforme Maria Elizabete, a hora do banho é um dos momentos mais difíceis, pois a residência não possui banheiro. "A gente improvisou um banheiro no fundo de casa, mas é muito complicado para dar banho nele, porque ainda temos que colocar uma tábua e um bloco para ele sentar na hora do banho", disse dona Maria que sonha com a construção de um banheiro. “É um dos meus maiores sonhos, por que isso iria ajudar bastante. Acho que todo mundo merece ter um banheiro digno em sua casa”.

Ela ainda conta que teme pelo desabamento do imóvel que está com a estrutura comprometida. “Quando chove fico morrendo de medo, porque alaga tudo aqui. As paredes estão soltas e o telhado cheio de goteiras. É Deus que está segurando essa casa”, afirmou.

Dependente da solidariedade dos vizinhos, ela aproveitou para fazer um apelo. "Por favor nos ajudem. Precisamos de uma reforma nessa casa. Eu não consigo dormir com medo dela desabar sobre nós. Meu filho precisa de uma cadeira de rodas e outra para banho. Quem tiver condições de doar alimento, também será muito bem-vindo, porque tem vezes que procuro uma merenda para dar pra ele [o filho], e não acho", desabafou. 

Quem tiver interesse em colaborar pode entrar em contato com os telefones: (71) 9 9639 - 6238 ou 9 9614 - 6305. Falar com Joseval ou Eliana. 

Classificação Indicativa: Livre

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