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Sem Fundos: OAS e Odebrecht pagaram R$ 68 milhões em propina no esquema da construção da Torre Pituba

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Nesta fase da Lava Jato, foram expedidos 22 mandados de prisão  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Google Street View

Publicado em 23/11/2018, às 10h32   Redação BNews


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Integrantes da Lava Jato concederam entrevista coletiva no fim da manhã desta sexta-feira (23) e passaram detalhes do esquema de corrupção envolvendo a construção da Torre Pituba, sede da Petrobras em Salvador. De acordo com os investigadores, as empreiteiras OAS e a Odebrecht distribuíram propina de pelo menos R$ 68.295.866,00 ao PT e a ex-dirigentes da Petrobras e da Petros.

O esquema foi alvo, nesta manhã, da operação Sem Fundos, a 56ª fase da Lava Jato. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), os ‘valores históricos’ repassados pelas construtoras representam quase 10% do valor da obra.

A construção da Torre Pituba foi projetada, segundo a investigação, por dirigentes da Petrobras e da Petros para abrigar a sede da estatal na capital baiana. O fundo de pensão teria se comprometido a realizar a obra e a estatal, a alugar o edifício por 30 anos.

De acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo, o ex-presidente da Petros, Wagner Pinheiro, e empresas ligadas a ele foram alvo de buscas. Marice Correa, cunhada do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, e o marqueteiro ligado ao PT, Valdemir Garreta, são alvo de mandados de prisão temporária.

Nesta fase da Lava Jato, foram expedidos 22 mandados de prisão, sendo oito de preventiva e 14 de temporária, e 68 ordens de busca e apreensão em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais e na Bahia.

A Procuradoria da República aponta que, ’em troca de vantagens indevidas’, inclusive para o PT, os procedimentos de contratação da empresa gerenciadora da obra (Mendes Pinto Engenharia), da responsável pelo projeto executivo (Chibasa Projetos de Engenharia) e das empreiteiras que ficaram responsáveis pela obra – OAS e Odebrecht, que participaram por meio da Edificações Itaigara (uma sociedade de propósito específico – SPE) – foram fraudados.

Ainda segundo o diário paulista, a Procuradoria relata que a OAS detinha 50,1% e a Odebrecht, 49,9% de participação no empreendimento. A investigação identificou que, para a contratação das empreiteiras, foram acionadas outras duas empresas (Carioca e Engeform) integrantes do cartel que atuava na Petrobrás para apresentar propostas-cobertura no procedimento seletivo.

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