Política

Cubanos buscam a Justiça para continuarem a trabalhar no Brasil

Alina Souza/Especial Palácio Piratini
As ações são contra o Ministério da Saúde, o governo cubano e a Organização Panamericana de Saúde (Opas)  |   Bnews - Divulgação Alina Souza/Especial Palácio Piratini

Publicado em 16/11/2018, às 18h43   Redação BNews


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Cerca de 150 médicos cubanos que deixaram o programa Mais Médicos antes do fim do acordo entre Brasil e Cuba estão lutando na Justiça para terem permissão para clinicar no Brasil de forma independente e recebendo o salário integral. As ações são contra o Ministério da Saúde, o governo cubano e a Organização Panamericana de Saúde (Opas).

Por terem abandonado o programa, os estrangeiros são considerados desertores pelo governo cubano e ficam impedidos de entrar no país por anos. O advogado que defende o grupo, André Corrêa, acredita que, com a decisão de Cuba de sair do Mais Médicos, mais profissionais tentarão permanecer no Brasil. “Desde ontem [anteontem], recebi muitas ligações de interessados em entrar com processo para ficar no Brasil”, contou Corrêa.

O advogado explicou que a principal justificativa utilizada é o respeito ao princípio da isonomia. “Por que eles recebem um salário menor que os outros estrangeiros, se fazem exatamente o mesmo trabalho que os outros médicos?”, ressaltou.

Das ações movidas por ele, cinco receberam liminares favoráveis aos médicos. “O problema é que, quando chega nas instâncias superiores, indeferem porque sabem que causaria colapso econômico ao governo ter que pagar o salário integral a todos os médicos”, acrescentou.

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