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Paris relança centenária 'corrida dos garçons' às vésperas das Olimpíadas

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Corrida em Paris foi lançada há mais de um século  |   Bnews - Divulgação Reprodução/YouTube

Publicado em 24/03/2024, às 13h23   FOLHAPRESS


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A poucos meses das Olimpíadas de Paris, a cidade relançou neste domingo (24) sua corrida dos garçons dos cafés --que, criada há mais de um século, em 1914, ganhou um nome mais adequado aos novos tempos, "corrida dos cafés", neutro em termos de gênero.

O objetivo desta edição era mostrar a qualidade dos serviços franceses e, ao mesmo tempo, afastar o estereótipo dos garçons parisienses como rabugentos.

O evento não acontecia há 13 anos e, para reavivar a tradição, 200 garçons e garçonetes de cafés da capital percorreram 2 km equilibrando um café, um croissant e um copo d'água em suas bandejas redondas.

Eles não podiam derramar nada durante o trajeto, e correr também era proibido. Os participantes usavam camisa branca e calça preta, uniforme comum dos funcionários desses estabelecimentos.

As regras foram semelhantes àquelas das edições anteriores, cujos trajetos tiveram até até 11 km de extensão.

A principal diferença é que, nelas, eram garrafas de bebidas alcóolicas que eram transportadas, como de vinho e de Aperol. Em pelo menos uma dessas corridas, ocorrida em 1932, todos os participantes ganhavam a garrafa de vinho do porto que levavam --isto é, desde que ela tivesse se mantido intacta ao longo do percurso.

O índice de garrafas quebradas foi particularmente alto em 1948, quando os competidores foram autorizados a correr.

Em uma edição de um veículo da época resgatada pelo periódico Le Figaro, os jornalistas narram que nunca imaginariam ser possível "correr da Madeleine até a República [bairros de Paris] com uma bandeja com duas garrafas, três copos vazios e um copo d'água cheio sem quebrar ou derramar nada".

"E estávamos certos: é impossível", prossegue o texto. "Este ano, os garçons provaram que conseguem correr, mas deixaram cair a maior parte das garrafas na rua --para alegria dos motoristas e dos pneus de seus carros."

Os organizadores da corrida dizem que a tradição foi exportada para mais de 50 países ao longo de sua existência, incluindo cidades como Berlim, Buenos Aires, Londres, Tóquio e Washington.

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