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Terreno de famosa atriz é invadido em Salvador: "Atitude afrontosa"

Arquivo pessoal
Terreno abriga chácara que está há mais de 40 anos nas mãos de família da atriz  |   Bnews - Divulgação Arquivo pessoal
Sanny Santana

por Sanny Santana

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Publicado em 27/07/2023, às 13h53 - Atualizado às 15h26


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Familiares da atriz Ingra Lyberato vem denunciando uma invasão a um terreno pertencente a eles no bairro do Trobogy, em Salvador. A chácara, a qual a família é dona há mais de 40 anos, mantém o último resquício de Mata Atlântica da região.

A invasão se iniciou na sexta-feira (21/07), por volta das 11h30, conforme Boletim de Ocorrência prestado pela família. Em entrevista ao BNews, o irmão da atriz, João Lyberato, conhecido como João Riso, contou que cinco pessoas apareceram no terreno, sendo que três eram 'peões' e dois eram 'mandantes'. "Eles começaram a cavar buracos, apareceram com estacas... Eles faziam umas coisas e sumiam, depois apareciam de novo", contou o familiar da artista, conhecido como João Riso.

No B.O, um familir, que denunciou o caso, conta que o grupo chegou com estacas e outros materiais. Um funcionário da casa da família chegou a pedir que os homens se retirassem, o que foi aceito inicialmente. No entanto, os homens retornaram horas depois e continuaram o serviço, montando uma cerca de arame que envolveu a região.

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Além da cerca de arame, foram feitas trilhas que ligam os dois terrenos vizinhos para facilitar o acesso às propriedades privadas.

"Quando a gente conversou com eles, disseram que estavam fazendo aquilo a mando de uma outra pessoa. A gente não sabe que pessoa é essa, falaram que era alguém grande, que teria contratado eles como empresa. É uma coisa que teve organização, não um grupo de sem-teto ou algo desse topo, até mesmo porque, além dessa organização, eles tinham materiais novos", explicou João.

A família Lyberato chegou a avisar aos homens que aquela era uma área que já estava ocupada há décadas e que tinham documentações comprovando o domínio, no entanto, nada adiantou. "Eles continuaram a fazer o que estavam fazendo, cavando buracos", lamentou João.

Os homens ainda disseram que uma documentação que autorizava a ação do grupo seria levada pelo mandante da invasão. "Quando foram questionados em relação a isso [documentações], eles falaram que haveria documentação, que em algum momento chegaria o mandante deles com a documentação, mas isso tem uma semana e nada aconteceu, até porque eles não têm nada a apresentar", explicou.

O processo de invasão aconteceu em quatro chácaras da região: a da família Lyberato e de mais três vizinhos. Um deles ainda chegou a contratar um segurança 24 horas para fazer monitoramento e impedir qualquer ação dos homens em sua área.

A cerca de arame, colocada pelos homens na semana passada, foi retirada pela família Lyberato na segunda-feira. Desde então, o grupo suspeito não retornou ao local. Da última vez que foram à área, segundo João, os homens afirmaram que o próximo passo seria "chegar com um maquinário".

"Só dissseram que eram contratados para fazer aquele serviço e que essa área era de propriedade dessa pessoa, que teria a documentação e que o próximo passo seria tomar posse", declarou.

"É uma atitude afrontosa. Você diz que a propriedade é sua e a pessoa invade, ela está incorrendo em crime", desabafou João. A família fez um Boletim de Ocorrência na 10ª Delegacia Territorial/Pau da Lima.

A região pertence à família Lyberato há mais de 40 anos. Moram, no local, a mãe de João e Ingra Lyberato, um sobrinho e uma outra pessoa que costuma ajudar a mulher. O local mantém cerca de 100 mil metros quadrados de Mata Atlântica, a última da região, que, inclusive, abriga diversos animais que escaparam de outras áreas verdes invadidas por construções.

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