Cooperativa baiana amplia vendas em 100% e transforma vida de agricultores familiares do Baixo Sul

Localizada no Baixo Sul da Bahia, a Associação do Desenvolvimento do Baixo Sul (Adebasul), em Gandu, têm gerado resultados positivos para diversos agricultores e agricultoras familiares que atuam na regiam. Ao todo, cerca de 200 famílias vêm sendo beneficiadas com a comercialização de polpas de frutas pela cooperativa, que registrou aumento de 100% nas vendas no último ano.

De acordo com o presidente da Adebasul, Jeronias Libanio, de 2022 para 2023, a cooperativa teve uma ampliação de 100% no volume de vendas. “Aumentamos o número de agricultores associados que produzem frutas cerca de 40 a 45% e alguns têm relatado um acréscimo de até 60% na sua renda familiar, com a venda das frutas para a associação”, informou.

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Com a produção alcançando entre 40 e 50 toneladas de frutas, por mês, para a comercialização tanto em mercados convencionais, quanto para alimentação escolar, Exército e Marinha, o presidente da Adebasul ressalta que a agroindústria familiar dinamizou a economia da região.

“Há 50 anos atrás, a gente jamais poderia pensar e sonhar em ter uma agroindústria dessa com a gente administrando, o agricultor familiar. E hoje isso é realidade e os agricultores estão muito felizes. Uns estão falando em colocar seus filhos na faculdade, outros em trocar de carro, comprar carro, fazer investimento na roça, adubar. Então, assim, isso tem dado uma contribuição muito grande para o nosso desenvolvimento”, destacou Jeronias.

Quem também comemorou o sucesso da cooperativa baiana foi o produtor Manoel Bispo, que conta como o novo momento da agroindústria impactou na sua vida. “Eu vendia frutas para atravessadores, mas com a Adebasul o preço é mais justo e melhorou 100% para mim. Com o que vendo, continuo investindo na roça. Agora, quero comprar um caminhão para fortalecer a logística da entrega dos produtos. Não tem nem como descrever a felicidade e o orgulho de ver as minhas frutas como cupuaçu, graviola e cacau virarem polpas e serem comercializadas”, disse.

Já a agricultora Maria Aparecida Santos, relatou que sua vida mudou depois que passou a produzir cupuaçu, manga e hortaliças para entregar à Adebasul. “Eu já trabalhei em outros setores, tive um restaurante. Mas depois que a Adebasul começou a organizar os produtores e comprar os produtos, aí eu voltei, graças a Deus, para a terra, que é o que eu mais gosto de fazer e hoje eu tenho uma renda bem melhor do que na época do restaurante”, comemorou.

A estratégia de produção nas agroindústrias, além de garantir renda para as famílias dos cooperados e movimentar a economia local, também tem permitido a valorização e a permanência do homem e da mulher no rural, como aconteceu com o agricultor Valdenilson de Jesus.

“Participar da Adebasul é uma honra, é rentável e o nosso trabalho tem a devida valorização. A agricultura move o mundo e a agricultura familiar sustentável é a solução para transformar a agricultura no nosso país”, completou o agricultor.