Os direitos das pessoas com violência são recorrentemente violados em uma sociedade que ainda não aprendeu a lidar com as diferenças. Nos estacionamentos dos shoppings centers, nas dificuldades de acessibilidade, e no transporte público urbano pipocam os problemas causados por falta de entendimento das limitações e necessidades da pessoa com deficiência.
A deficiente Maria Célia A. Lima, chegou ao trabalho visivelmente abalada por ter passado um constrangimento em um ônibus da empresa Vitral – Violeta Transportes Ltda, que estava indo para o Cabula. Ao tentar entrar no coletivo, Maria foi abordada pelo motorista, que disse que as três cadeiras destinadas às pessoas com prioridades já tinham sido ocupadas e que ela não poderia permanecer em pé na parte dianteira do ônibus.
O condutor do ônibus, então, condicionou a continuação da viagem à passagem da pessoa com deficiente pelo torniquete, inclusive pagando a passagem.
Maria Lima explicou que era deficiente e que a lei a ampara apontando para a placa que cita a lei, afixada no próprio veículo. O motorista repetiu que não continuaria a viagem sem que ela passasse pelo torniquete, parando o ônibus e gritando que o procedimento é ordem da empresa e do "prefeito e que ela fosse se queixasse com ele".
Maria Lima telefonou para a empresa Vitral, que segundo a vítima, disse que quem deveria resolver o problema seria o Setps e instruiu a pessoa com deficiência a acionar o Ministério Público da Bahia.
Colegas de trabalho, indignados com a situação, começaram a mobilizar pessoas, fazer um manifesto contra a Vitral e prometeram acionar judicialmente a empresa caso uma medida não seja tomada.
A reportagem do Bocão News tentou insistentemente falar com a Vitral-Violeta Transportes, mas a empresa não atendeu as ligações.
Nota originalmente postada dia 18
