Saúde
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Conhecido como o mês de conscientização sobre a saúde mental, o ‘Setembro Amarelo’ trouxe uma série de palestras e ações com relação ao tema. Criada em 2015, a campanha nacional de prevenção ao suicídio tem o intuito de enfatizar a importância do tratamento dos transtornos mentais.
De acordo com dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e divulgados em julho deste ano, foram registrados cerca de 16.262 casos de suicídio no país em 2022, uma média de 44 mortes por dia.
Em conversa com a reportagem do BNews, a psicóloga Andreia Carvalho ressaltou a importância da psicoterapia na prevenção de casos extremos. “A Psicoterapia é importante para o autoconhecimento, principalmente. Porém, para pessoas que passam por casos extremos como depressão grave e outras questões mentais, é necessário uma condução desses casos com mais atenção”, disse.
“É um processo que requer uma elaboração de condutas que perpassa pelo vínculo, por uma escuta mais atenta, principalmente, no que diz respeito aos sentimentos, especialmente nos mais estressantes, tais como, culpa, vergonha, medo, raiva, frustrações, amor não correspondido, sensação de desamparo, desesperança, solidão. A fim de minimizar a dor e reelaborar essa dor de forma acolhedora, na intenção de ampliar repertórios de fatores de proteção”, explicou.
Suicídio como tabu
Apesar de ser a quarta maior causa de morte entre jovens de 15 e 29 anos, o suicídio ainda é um tabu, tanto na mídia quanto nas rodas de conversa do dia a dia. A falta de abordagens sobre esse tema acarreta no sofrimento silencioso de diversos pacientes, que preferem guardar os pensamentos suicidas para si do que buscar ajuda profissional.
Muitos casos de suicídio são acarretados por uma junção de fatores de riscos psicológicos, sociais e culturais, como traumas e perdas. Não é possível definir uma causa única para as crescentes taxas de morte, já que cada indivíduo passa por uma situação diferente.
“A prevenção ao suicídio é algo muito complexo, devido há alguns determinantes para uma pessoa com comportamento suicida. Precisamos estar atentos na mudança de comportamento, nos sentimentos negativos, nas "falas". Muitas vezes, as pessoas que tentam o suicídio pedem socorro, e estes pedidos não são expressos, mas sim sinais com frases soltas, como: ‘preferia estar morto’, ‘sou um peso pros outros’, ‘os outros vão ser mais felizes sem mim’”, destacou Andreia.
“Além da alternância repentina do humor, abandono das atividades do cotidiano. É acolher o sofrimento do outro numa comunicação respeitosa, com empatia e sensibilidade, sem julgamentos. Precisamos quebrar os tabus e falar sobre o suicídio!”, ressaltou a terapeuta.
Canais de ajuda
A principal chave para lidar com os transtornos mentais é buscar ajuda profissional. Apesar do acesso a psicoterapia ainda ser limitado e muitas vezes visto como um “luxo”, existem diversos canais de atendimento gratuito em universidades e até mesmo pelo SUS (Sistema Único de Saúde), que oferecem atendimento a pessoas em situação de risco.
Para a psicóloga Luane Neiva, é importante tratar dos sinais de alerta assim que aparecem. “É importante não minimizar o sofrimento do outro, ouvir e acolher, ser mais empático, pedir ajuda sem temer e buscar terapia. Qualquer pessoa pode se beneficiar do que a psicologia promove e o Setembro Amarelo faz com que as pessoas se atentem às suas necessidades psicológicas e sejam mais empáticos com as pessoas à sua volta”, destacou.
Confira alguns canais de ajuda gratuitos:
Classificação Indicativa: Livre
Cozinha Saudável
Oportunidade
Notebook barato
Imperdível
Som perfeito
