No vilarejo da Guiné onde a atual epidemia de ebola da África Ocidental começou, 14 covas marcam o ponto onde o vírus letal começou a sair do controle. Profissionais de saúde que visitaram recentemente Meliandou dizem que a vida no local não voltou à normalidade e que as famílias foram destroçadas pela ação devastadora do vírus. A primeira vítima conhecida da epidemia atual é o garoto de 2 anos Emile Ouamouno, que vivia no vilarejo pitoresco no meio da floresta com seus pais e três irmãs, incluindo Philomene, de 4 anos. O garoto adoeceu em dezembro, com uma doença misteriosa que causava febre, fezes escuras e vômito. Cerca de uma semana depois de sua morte, Philomene também ficou doente e morreu. Logo em seguida, a mãe das crianças, que estava grávida, e a avó também morreram.
Levou meses para que as autoridades de saúde internacionais identificassem o pequeno Emile como o "paciente zero" da África Ocidental, em uma epidemia mortal que continua crescendo a cada semana. Até agora, o ebola já matou quase 5 mil pessoas e infectou mais de 10 mil.