Saúde

Filipino recebe alta após quase um mês internado com malária em Salvador

Publicado em 13/07/2017, às 20h00   Tony Silva


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Após o internamento do cantor Tony Salles por contaminação de malária na última segunda-feira (11) no Hospital Aliança em Salvador, um estrangeiro que também passou pelo continente africano foi vítima da doença. O filipino, que é tripulante de um navio com bandeira holandesa, já chegou a capital baiana com os sintomas da doença.

O estrangeiro, cujo nome não foi divulgado, foi acompanhado pela médica clínica Ula Rebouças e o médico infectologista Robson Reis.

Segundo Reis, que também é professor da Escola Bahiana de Medicina, o estrangeiro apresentou os sintomas ao chegar em Salvador no dia 28 de junho, quando o navio ancorou no porto da capital.

A UPR Saúde (empresa responsável pela assistência médica aos tripulantes de navios dos portos de Salvador) foi acionada em 2 julho, após a suspeita do caso de malária. O homem, no fim das contas, fora encaminhado para o Hospital Aliança. 

O quadro do filipino de 45 anos chegou a ser confundido com ebola, mas após ser diagnosticado com estágio mais grave da malária e receber tratamento, o paciente que também foi internado no mesmo hospital que Tony Salles, recebeu alta nesta quinta-feira (13).

O infectologista Robson Reis destaca que a rapidez no diagnóstico e o início do tratamento foram essenciais para um desfecho positivo.

Reis informa e alerta que a malária possui sintomas semelhantes ao de algumas doenças, como dengue, febre amarela e até mesmo ebola. “O melhor fazer é procurar uma unidade médica para realizar exames que possam confirmar a doença, uma vez que o atraso no diagnóstico e no tratamento podem ser fatais”, alerta. 

Os sintomas da malária: febre alta, calafrios, tremores, dor de cabeça, dores musculares e fraqueza. Reis explica que o paciente filipino apresentava um quadro mais grave: icterícia (olhos e pele amarelada), insuficiência renal, plaquetopenia (plaquetas muito baixas) grave com risco de sangramentos e alterações hepáticas. 

Malária não passa de pessoa para pessoa: apesar dos casos de malária envolvendo o cantor Tony Salles e o filipino, o infectologista esclarece que “é importante deixar claro que não há problemas, não há riscos para a população de Salvador”.

Segundo Reis, a doença Malária não passa de pessoa para pessoa. “A doença é transmitida através da picada das fêmeas do mosquito Anopheles, e na capital baiana não temos esse mosquito. A doença é comum na região Amazônica e em países do Continente Africano”, explica.

Não existe vacina contra malária: Ainda de acordo com o médico, os cuidados são fundamentais para quem viajar para o continente africano e a região amazônica, a exemplo do cantor Tony Salles que esteve na África para realização de shows. “Uma vez que não existe vacina contra a doença, é importante o uso de roupas com mangas compridas, uso de calças, uso de repelentes, e em algumas situações, a depender do tipo e tempo de exposição, pode ser feito uso de medicações como quimioprofilaxia para evitar formas graves da doença”, explica.

Em carta o filipino agradeceu aos médicos assistentes, a Dra. Ula Rebouças, o médico infectologista Dr. Robson Reis e a toda equipe do Hospital Aliança.

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