Política

Caetano nega saída do PT e eleição em Camaçari pode repetir Recife

Publicado em 02/05/2015, às 12h00   David Mendes (Twitter:@__davidmendes)


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O deputado federal Luiz Caetano negou, neste sábado (2), uma possível movimentação para deixar o PT, de olho nas eleições em Camaçari no ano que vem. Com o desejo de comandar pela terceira vez o município economicamente mais importante do estado, e rompido com seu afilhado e sucessor, o atual prefeito Ademar Delgado (PT), o petista teria que migrar para outro partido, já que corre o risco de não ter o aval da sigla para disputar o pleito de 2016. O partido escolhido desta vez seria o Pros. Caetano também já recebeu convite do PMDB.

Contatado peloBocão News, o ex-prefeito de Camaçari defendeu que o candidato seja escolhido através das prévias partidárias e, para isso, aposta nos índices qualitativos da atual gestão petista no município. “Não apoio Ademar [Delgado] para reeleição”, decretou.

Em 2012, a Executiva Nacional do PT decidiu que o então prefeito de Recife, João da Costa, não poderia disputar a reeleição. A cúpula petista interveio e determinou que o candidato à sucessão de João da Costa seria o então senador Humberto Costa (PT). O problema é que a exposição da disputa interna trouxe consequências para o partido na terra do ex-presidente Lula. Humberto Costa terminou em terceiro lugar com apenas 17,43% dos votos. 

Caetano e o PT camaçariense chegaram ao poder em 2005, após receber 45 mil votos e vencer as eleições com 54,84%. Quatro anos depois, no pleito de 2008, Caetano quase dobrou seu quantitativo eleitoral e foi reeleito com 73,2 mil votos, ou 71,92% dos sufrágios validados. Em 2012, fez seu sucessor, mas com um eleitorado menor. Ademar Delgado foi eleito com 55,6 mil votos – 49,42%. Dois anos mais tarde, o petista, que presidiu a União dos Municípios da Bahia (UPB), foi eleito deputado federal com 125,8 mil votos. De Camaçari, Caetano levou 36 mil votos e subiu ao podium como o mais votado no município. Atrás dele, o mais próximo foi João Carlos Bacelar (PTN), o segundo mais votado com 8.228 votos. 

O articulador político do governo Rui Costa (PT), Josias Gomes, em conversa com o Tribuna da Bahia publicada nesta sexta-feira (1º) afirmou que "desentendimentos sempre ocorrem e criam desgastes, mas isso se resolve". O imbróglio petista em Camaçari terá que ser resolvido até o final de setembro deste ano, prazo dado pela Justiça Eleitoral para todos aqueles que pretendem disputar as eleições em outubro de 2016 resolvam suas vidas partidárias.

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