Política

Oposição afirma que está impossível aguardar os 100 dias do governo Rui Costa

Publicado em 27/02/2015, às 15h45   David Mendes (Twitter:@__davidmendes)


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Deputados visitaram redação do Bocão News nesta quinta-feira (26)

Em sua primeira visita, de uma série de idas às redações de diversos veículos de comunicação de Salvador, a bancada de Oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) traçou em visita na tarde desta quinta-feira (26) à sede do Bocão News, os planos da minoria na Casa de Leis da Bahia para a nova Legislatura.

O líder oposicionista Sandro Régis (DEM), acompanhado dos parlamentares Luciano Ribeiro (DEM) e Luciano Simões Filho (PMDB) não pouparam críticas à terceira gestão petista no estado, sob o comando do governador Rui Costa (PT), principalmente na área da Saúde que, para eles, os problemas se estendem na nova administração estadual.

“O governador Rui Costa fez parte dos oito anos do governo Wagner. Ele foi o principal gestor. Foi secretario particular do governador e depois secretário da Casa Civil. Na abertura dos trabalhos da Assembleia, ele fez um discurso repudiando e atestando que os oito anos do governo Wagner foi um fiasco. O discurso que ele fez foi um discurso de opositor que está assumindo. Como é que ele passou oito anos como grande gestor do governo Wagner e só resolveu enxergar os problemas crônicos na Saúde, por exemplo, quando se tornou governador?”, questionou Sandro Régis.

Já Luciano Ribeiro questionou a postura do chefe do Executivo nesses últimos 60 dias à frente do comando do Estado e diz está vigilante para não permitir que o governador e o PT "se incorporem ao Estado como se fossem o próprio Estado".

“O governador foi a Porto Seguro, mandou fechar uma escola e construir outra e depois botou no jornal. E as demais escolas do estado? Ele irá em todas as escolas? O governante tem que ir e deve ir aos locais, agora, isso não pode ser a política pública do governador. Ele não é o Estado, ele não pode ser a corporação do Executivo.  Ele deve determinar políticas públicas, como por exemplo, mandar realizar um levantamento de todas as escolas no estado que estão na mesma situação", opinou.

Outra crítica feita pelos parlamentários contrários relacionada à postura do governador foi durante a mensagem lida pelo líder baiano na abertura dos trabalhos do Legislativo no último dia 3 de fevereiro, considerada desrespeitosa à classe política.

“O governador disse: ‘Minha mulher [Aline Peixoto] é de Jequié e tudo que ela vê ela pede para Jequié e vou ter que fazer tudo por Jequié’. Isso é inaceitável. Sei que cada município tem sua característica e tem que tratar diferente. Uns mais outros menos, mas Rui Costa é o executor das ações das políticas públicas do Executivo. Ele e o partido não podem ser o Estado”, condenou Ribeiro.

Publicada originalmente dia 26 de fevereiro de 2015 às 16h42.

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