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Associados do Ilê Ayê criticam presidente do bloco

Imagem Associados do Ilê Ayê criticam presidente do bloco
Segundo eles, Vovô demitiu os cantores da banda sem comunicá-los  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 15/02/2011, às 17h00   Redação Bocão News


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O Bocão News recebeu, nesta terça-feira (15), várias denúncias de associados do Ilê Ayê, um dos blocos afros mais tradicionais do carnaval baiano, sobre a postura do presidente Antônio Carlos dos Santos, mais conhecido como Vovô.

Segundo eles, o líder do Ilê, juntamente com sua diretoria, agiu de forma "desrespeitosa" e "arrogante" ao vender os carnês no valor de R$ 450 (por uma fantasia), que dá ao associado o direito de desfilar na avenida, sem comunicar aos mesmos que os antigos vocalistas haviam sido dispensados.

"Eles dispensaram nossos adorados cantores e ainda se acham no direito de vender os carnês normalmente sem nos comunicar. Pagamos caro para sair no Ilê e sempre somos desrespeitados. Sem falar que eramos obrigados a pagar R$ 20 a mais para receber a fantasia e se não o fizessemos, mesmo com o carnê quitado, não recebiamos a mesma", conta revoltado um dos associados.

Outro associada, que disse desfilar no bloco há mais de 20 anos, informou que se fosse comunicada sobre a saída de toda a ala de canto não faria mais parte da entidade. "Cancelaria o carnê imediatamente. Fizeram a gente de besta, fui enganada e vou lutar pelos meus direitos. Quero meu dinheiro de volta", avisou.

Procurado pela reportagem, Vovô disse apenas que os associados pagam para sair no Ilê Ayê, os cantores são a atração à parte. "O bloco já existe há 37 anos e já passaram grandes cantores. As mudanças são naturais, explica.

Ainda segundo Vovô, a saída dos  vocalistas (Guigui, Adelson, Reizinho, Cristiano e Graça) aconteceu porque o cachê pedido por eles não estavam dentro da realidade do bloco. "Não colocamos ninguém para fora, apenas eles pediram um valor, cerca de R$ 7 mil cada, e não temos condição financeira para arcar com essas despesas", afirma.

Sobre a taxa de R$ 20 cobrada para receber a fantasia, o presidente conta que a cobrança não é feita há mais de dez anos e era utilizada para pagar os cordeiros. "Os associados eram avisados por meio do boleto", ressalta.

Classificação Indicativa: Livre

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