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"Wagner é traidor", dizem professores grevistas

Imagem "Wagner é traidor", dizem professores grevistas
Categoria fez uma lavagem simbólica nesta quinta  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 18/05/2012, às 16h37   Adelia Felix (Twitter @adelia_felix)


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"Ele, ele é traidor", gritavam os professores da rede estadual de ensino, na manhã desta sexta-feira (18), durante uma lavagem simbólica feita do Largo dos Mares até a Igreja do Bonfim.

Entre os manifestantes que estão em greve há 38 dias, estava o professor de história Hebert Correia, que colocou sua indignação a respeito da posição do governador da Bahia, Jaques Wagner, diante da categoria.

De acordo com o educador, vários trabalhadores não conseguem vizualizar a margem de consignação e o CrediCesta também foi bloqueado.
"Se um governo não quer obedecer uma lei federal não há nem o que esperar. Eu estou decepcionado, nunca pensei que um dia teria saudade do passado. Wagner cada vez mais me decepciona. A tática do governo é minar nossos recursos financeiros", desabafa o professor.
Na última quinta-feira (17), a assessoria de comunicação da Secretaria de Educação informou no que caso a categoria retome as imediatamente atividades, não haverá suspensão do pagamento do salário do mês de maio. A proposta não foi aceita pelos trabalhadores, segundo um dos diretores da Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado (APLB), Valdir Assis.
"Não existe isso, nós queremos o reajuste de 22,22%. Todas as categorias que entram em greve negociam em greve. Ele (Jaques Wagner) não está cumprindo o piso”, disse. 


Os professores querem o cumprimento do acordo feito com o governo de reajuste salarial de 22,22% para toda a categoria. No entanto, o governo afirma que irá seguir com o reajuste de 6,5% para todos os professores (e também para os servidores estaduais) e 22% somente para os que dão aulas no ensino médio, último projeto aprovado pela Assembleia Legislativa.
A greve atinge mais de um milhão de alunos na capital e no interior, e de acordo com Valdir Assis, a paralisação não compromete as aulas. "O ano letivo ainda não está comprometido, se ele pagar o salário, nós vamos repor essas aulas perdidas. Nós iremos reorganizar o calendário letivo. Há sábados e feriados que podem ser usados", disse o representante da categoria.
Uma assembleia geral da categoria está marcada para às 9h, da próxima terça-feira (21), na Assembléea Legislativa da Bahia.

Fotos: Bocão News // Roberto Viana

Matéria postada às 11h

Classificação Indicativa: Livre

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