Denúncia

Bandido tenta aplicar golpe da transferência bancária em advogado baiano

Publicado em 29/05/2015, às 09h38   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Se antigamente estelionatários roubavam, por meio de sites falsos, as senhas de clientes de bancos que faziam transições bancárias pela internet, atualmente, o golpe está mais avançado e difícil de ser percebido. Por pouco, um advogado baiano não perdeu quase R$ 30 mil em um golpe. De acordo com um leitor do Bocão News, que prefere não se identificar, um caso dessa natureza aconteceu com ele na última quarta-feira (27). “Eu estava em meu escritório, quando recebi mensagens da Tim falando de protocolos abertos. Percebi também que fiquei sem sinal por algumas horas”. 
Sistema da TIM mostrando que uma solicitação de troca foi feita sem autorização do cliente
Em conversa com nossa reportagem, o advogado afirmou que tentou entrar em contato com a operadora em busca de respostas. “Quando liguei para central, eles disseram que não podia resolver o problema por telefone e que deveria ir até uma loja da Tim, e então eu fui”. Segundo o defensor, um atendente acessou o sistema da operadora e observou que foi solicitada a transferência do número dele para outro chip. “Eles não souberam me explicar quem tinha feito, porque eu não fiz nenhuma solicitação. No final acabei resolvendo a situação comprei outro chip e pedi a transferência do número, por uma questão de segurança”, detalha.
Ainda de acordo com o advogado, horas mais tarde do mesmo dia, a gerente do banco Santander, onde ele tem conta, entrou em contato com querendo confirmar uma Transferência Eletrônica Disponível (TED) no valor de mais de R$ 28 mil. “Assim que fui questionado neguei na hora. Eu não tinha solicitado nenhuma transferência. Foi quando a gerente me disse que tinha um office-boy lá na agência com um documento em mãos”.
Na agência, o advogado percebeu que o caso tratava-se de um golpe, depois de constatar sua assinatura falsificada e o número da conta que estava errado.  A polícia foi acionada e colheu depoimentos do office-boy na própria agência. “No local eu encontrei um rapaz identificado como Omar Santos da Costa, que afirmou ser office-boy e acrescentou que estava prestando serviço para uma pessoa, identificada apenas como José Carlos”, lembra.
O advogado lembra também que no aparelho celular do office-boy, apreendido pela polícia, havia conversas de WhatsApp entre Omar e José Carlos. “Entre os anexos trocados, havia um comprovante de uma transação bancária, semelhante a que aconteceria comigo, no valor de R$ 40 mil. Ou seja, é uma quadrilha que vem dando golpes em várias pessoas”, alerta.
Conversa entre o office boy e o acusado de dar o golpe
Por ordem dos policiais, Omar mostrou a foto do suspeito e chegou a marcar um encontro com José, na Barra. Depois de horas de espera, José não compareceu ao local e deixou de responder as chamadas do office-boy. O caso foi registrado na Central de Flagrantes, mas a 16ª Delegacia, no bairro da Pituba, deve investigar o caso. Ninguém foi preso.
"Eu não sei se tem ligação o fato de acontecer isso com meu chip e esse rapaz tentar fazer essa transferência, mas com certeza é um golpe que já deve ter lesado outras pessoas", finaliza o defensor.

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