Um grupo de feministas se reuniu na tarde desse sábado (28), em frente ao Shopping da Bahia, em protesto contra o estupro de uma menor do Rio de Janeiro, por 33 homens.
A apresentação que incluiu cartazes, faixas e uma apresentação teatral que retratava a vitima após o ato sexual chamou a atenção de quem passava pelo local. “É um absurdo o que aconteceu. Quando vejo essa cena e lembro da historia, fico inconformado. Penso na minha mulher, minha filha, minhas irmãs e me revolto. O governo precisa abrir os olhos para esse tipo de situação, precisamos ter penas mais duras. Sou totalmente a favor do feminismo,” afirmou o comerciante, Paulo Lima.
A reação de Paulo foi exatamente o que a organizadora do evento e estudante de Arquitetura, Marcela Carvalho buscava. “Queremos liberdade, respeito e o direito ao nosso corpo. Nosso objetivo quando nos reunimos para fazer esse movimento foi exatamente esse. Chamar a atenção das pessoas para a importância da existência do feminismo. Todas já fomos vitimas de assédios e abusos, dentro de casa, no trabalho, na rua, na sala de aula, é isso que precisamos combater,” declarou.
Ainda segundo Marcela, a sociedade não pode ser a única culpada, o governo também deve assumir a sua parcela. “Vivemos um momento de retrocesso no país, totalmente construído no machismo, onde nenhuma mulher foi convocada para participar de decisões politicas. É um governo que não nos contempla que não quer nos dar direito ao nosso corpo em relação ao aborto,” lamentou.
O grupo, formado por mulheres de todas as idades realiza um novo protesto contra a cultura do estupro, no próximo sábado (4), no Campo Grande.
