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Após ambulantes denunciarem agressões, PM confirma saída da Guarda Municipal

Publicado em 09/02/2016, às 17h41   Rafael Albuquerque (@bocaonews)


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Continuam nesta terça-feira (9) as manifestações por causa da exclusividade da Schin nos circuitos oficiais do Carnaval de Salvador e da consequente ação da prefeitura para tomar dos ambulantes cervejas de outras marcas. Os ambulantes denunciam os excessos da Guarda Municipal e cobram, sobretudo, a presença do prefeito ACM Neto (DEM) nas negociações. Enquanto Neto não se reúne com os ambulantes e com a polícia, os que tiveram as mercadorias tomadas, muitas vezes de forma truculenta, afirmam, estão cada vez mais revoltados. Ontem, por exemplo, houve confronto direto (leia aqui).
“Depois ele faz uma gracinha na favela e todo mundo vota nele”, gritava uma manifestante no início desta tarde, em pleno Farol da Barra. “Esse prefeito é burro de não entender que ninguém bebe Schin”, afirmou outro, que teve de um PM uma resposta curiosa: “Eu também não bebo Schin”. O ambulante Renato Santos tentou até dar uma alternativa ao prefeito: “ACM tem que botar várias marcas pra vender aqui. Ele é malucou ou ganhou propina da Schin”. Mas o que prevaleceu mesmo foram as cobranças.
Diante do impasse, a Polícia Militar garantiu que pediria a retirada das patrulhas da Guarda Municipal, que estariam se excedendo no uso da força. Ainda assim, os vendedores não arredaram o pé em busca da liberação para comercialização de outras marcas de cerveja: “Não sai um trio até ACM Neto resolver isso. Ou então a gente toca fogo aqui”, afirmou Liliane Gomes.
O prefeito até se posicionou publicamente, via meios de comunicação, e a resposta aos protestos é de que trata-se de “uma minoria de baderneiros” e que as “regras devem ser respeitadas”. Ao que parece, o impasse continua e a polícia vai ter que mostrar muito jogo de cintura na conversa com os protestantes para facilitar o desfile dos trios elétricos na Barra.


Publicada originalmente às 12h do dia 9 de fevereiro

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