Brasil

Políticas antifumo impactam cultura do tabaco no Brasil

Publicado em 24/07/2016, às 10h48   Redação Bocão News


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O Brasil tem avançado no combate ao tabagismo. Dados de 2015 do Ministério da Saúde mostram que, nos últimos dez anos, o número de fumantes com mais de 18 anos de idade caiu 33,8%. A queda é motivo de comemoração já que, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), os custos para o sistema de saúde brasileiro com doenças causadas pelo fumo chegam a R$ 23 bilhões ao ano. No entanto, a luta contra os males do tabaco tem outra face.

Para mais de 159 mil famílias, o produto é um meio de vida. Mais de 90% dos agricultores que cultivam o tabaco, ingrediente de cigarros, charutos e afins, estão em propriedades na região Sul, o restante está no Nordeste. Segundo a Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário, o tamanho médio das terras cultivadas por eles é 15 hectares – ou seja, são pequenos produtores.

Considerada uma cultura lucrativa, o retorno médio chega a R$ 18 mil por hectare plantado de tabaco, segundo a secretaria. Apesar da rentabilidade, o negócio do tabaco hoje dá menos dinheiro que em anos anteriores. Segundo a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), entre 2011 e 2015, o faturamento do setor deixou de crescer até começar a cair. Entre 2011 e 2012, o faturamento dos fumicultores aumentou 33,4%. De 2012 para 2013 a alta no rendimento foi de 9%; entre 2013 e 2014, o faturamento cresceu somente 1,15%; e entre 2014 e 2015, registrou queda de 19,6%.

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