Às voltas com duas semanas de greve dos servidores municipais, o prefeito ACM Neto mantém aberto o canal de negociações entre o Executivo e o sindicato da categoria, mas tem um grande problema para equilibrar durante todo este processo. Após uma série de alimentos promovidos no ano passado pelo ex-prefeito João Henrique (PP), a atual gestão da Prefeitura se equilibra com os gastos de metade do Orçamento do ano somente com pagamento de pessoal. Ano passado, a folha contabilizou R$ 1,530 bilhão e em 2013, será de R$ 157 milhões mensais para pagar salários de servidores. Esta soma alcançará no final de 2013 R$ 1,9 bilhão, constituindo um aumento de 24% na folha. Como o Orçamento do ano é de R$ 4 bilhões, o pagamento dos salários este ano compromete a metade do dinheiro que a cidade prevê gastar com absolutamente todos os serviços disponíveis ao público, incluindo saúde e educação.
A contabilidade é o que impede, de acordo com a prefeitura, o aumento atual dos servidores. A explicação oficial é de que, para manter a categoria ao seu lado, JH concedeu volumosos ganhos reais aos servidores, especialmente para Educação e Saúde (32% e 30% respectivamente. Por conta disto, há um rombo de R$ 100 milhões entre o que ACM Neto esperava gastar e o que está sendo gasto na realidade.