Política

Denúncia de suposto “mensalinho” na AL ainda não decolou

Imagem Denúncia de suposto “mensalinho” na AL ainda não decolou
Deputados estudam medidas, mas o assunto só deve decolar após as eleições  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 28/09/2012, às 07h38   Redação Bocão News (twitter: @bocaonews)


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A denúncia do deputado estadual Targino Machado (PSC) de que existe um “mensalinho” no gabinete do líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia, José Neto (PT), foi recebida com pragmatismo pelos parlamentares. O presidente Marcelo Nilo (PDT), no primeiro momento, analisou como algo que precisa ser investigado para apenas depois ser emitido juízo de valor, mas que confia na lisura do petista.

O líder da Oposição, deputado Paulo Azi (DEM), contatado pela reportagem do Bocão News no início da manhã desta quinta-feira (27), revelou que foi surpreendido com a denúncia e que precisava avaliar o conteúdo do processo, discuti-lo com a bancada para somente depois adotar alguma medida. “Vou para Assembleia ainda hoje para conversar com os deputados e ver do que se trata. Por enquanto, só tive acesso ao que li nos blogs e jornais”.

Recém chegado à bancada governista, mas com conhecimento inconteste do regimento interno da Casa, Gildásio Penedo (PSD) defendeu Zé Neto. Um dos cinco ou seis deputados presentes na breve sessão da tarde da última quarta-feira (26), quanto Tarcízio leu a denúncia em plenário, Penedo questionou as motivações da ação. Para ele, ao que parece, uma disputa regional está pautando o Legislativo estadual.

“Conversei com meus colegas de partido e com outros deputados da bancada e todos confiam em Zé Neto. Neste tempo todo em que estou aqui, mesmo quando estava na oposição, nunca presenciei nada que desabone a honestidade dele, nem como deputado, tampouco como líder. Neste primeiro momento temos total confiança nele”, declarou Gildásio.

Sem entrar no mérito da denúncia, “porque vai ser analisado pelos órgãos competentes tais como Ministério Público, Judicário e, se acionado, o conselho de ética da Casa”, Gildásio atenta para o fato de que no áudio, que não teve a origem revelada, não há indicação de apropriação indébita de Zé Neto.

Sessão

“Eu tenho um profundo respeito pelo deputado Marcelo Nilo, é meu amigo pessoal, mas ele cometeu um equívoco, exagero ou premunição. Porque, na verdade, ninguém sabia. Então, pela manhã ninguém poderia ter ligado para ele. O deputado Marcelo Nilo ligou para mim e eu não atendi porque provavelmente teria (sic) algum pedido e eu recusaria. Ele (Nilo) e Gildásio Penedo antes de ler, antes de assistir inocentaram Zé Neto”, disse Targino.

O denunciante se referia à situação criada no plenário quando leu a notícia crime.
Na oportunidade, o presidente da Casa, Marcelo Nilo (PDT), afirmou que havia sido procurado por pares que queriam saber qual “a bomba” que seria apresentada para a imprensa à tarde. Nilo defendeu Zé Neto e afirmou, após o relato de Machado, que não havia ouvido, até então nada que pudesse condenar o petista. Gildásio acompanhou o presidente nas declarações.

Questionado se iria apresentar a ação ao conselho ainda na quarta-feira (26), Targino revelou que não. “Eu vou voltar para o interior para os meus afazeres políticos e vou passar para mãos dos advogados para estudarem. Porque o remédio jurídico tem que ser bem adotado para não ser natimorto por vício”.

No entendimento do parlamentar o caso é para cassação. No entanto, entre os parlamentares há situação é vista com ceticismo. Ás vésperas da eleição, a disputa local estimula e mina a maioria das acusações.


Fotos: Roberto Viana // Bocão News

Publicada no dia 27 de setembro de 2012, às 13h04

Classificação Indicativa: Livre

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