Após a prisão do ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves (PMDB), na manhã desta terça-feira (6) em um desdobramento da Operação Lava Jato, o atual titular da pasta, Marx Beltrão (PMDB), afirmou, durante a assinatura do Prodetur na tarde de hoje em Salvador, que confia que o ministério não está envolvido em nenhum esquema de corrupção.
"O Ministério não tem nada a ver com a prisão do ex-ministro. Eu acredito que ele vai ter plenas condições de se defender e mostrar na sua defesa que ele é inocente ou não. Não cabe a mim julgá-lo, nem fazer nenhuma antecipação de valores. Eu espero que ele possa mostrar para a sociedade que o que ele afirma, ser inocente, que o seja. Até o momento não soube de nenhum tipo de irregularidade e nem percebi nada. Então acredito que o ministério do Turismo está totalmente isento porque nunca teve nenhum tipo de envolvimento", disse.
Henrique Alves
foi preso na operação batizada de Manus, que investiga corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro na construção da Arena das Dunas, em Natal. Segundo PF, o sobrepreço chega a R$ 77 milhões.
Marx Beltrão negou que as constantes denúncias que os anteriores e atuais ministros vêm recebendo caiam como uma mancha no governo de Michel Temer.
"Estamos em um momento de mudança. Se for falar de corrupção vamos encontrar vários nomes inclusive no PT. Quantos ministros do governo passado foram processados e estão presos. Se formos falar de ministros vamos ter que falar dos ministros do governo do PT que causaram muito mais danos. Eu sou do tipo de gente que não apoia nenhum tipo de irregularidade", enfatizou.
Beltrão respondeu a uma ação penal por crime de falsidade ideológica. Pela denúncia do Ministério Público, o peemedebista teria fraudado informações sobre a dívida do município Coruripe (AL), com a Previdência para impedir o bloqueio da transferência de verbas da União, entre 2005 e 2012, enquanto era prefeito do local.
Ele foi absolvido pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), nessa terça (6). O placar foi de 4 a 0 - estava ausente o ministro Luiz Fux.
O relator do caso, ministro Luís Roberto Barroso, votou pela absolvição e foi seguido por Rosa Weber, Marco Aurélio Mello e Alexandre de Moraes. Eles entenderam que Beltrão não agiu de má-fé.
