Política

Lindbergh Farias vem à Bahia em busca de votos para comandar PT

Publicado em 28/03/2017, às 18h05   Luiz Fernando Lima


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O senador Lindbergh Farias estará na Bahia a partir de sexta-feira (31) para lançar a candidatura à presidência nacional do PT. Lindbergh ganhou destaque nos últimos dois anos, sobretudo, pela defesa do mandato da ex-presidente Dilma Rousseff enquanto corria o processo de impeachment.  Contudo, o senador pelo Rio de Janeiro teve a projeção nacional ao liderar os jovens durante outro processo de impeachment: o do ex-presidente e atual senador Fernando Collor de Melo.

Dentro do PT existe uma disputa sobre qual tendência ou qual conjunto de correntes é responsável pelo lançamento da candidatura do senador à presidência nacional do PT. O fato é que o adversário de Lindbergh terá o carimbo da ‘Construindo um Novo Brasil’, corrente interna majoritária que consegue se manter no comando do partido há algum tempo. O mais provável é que a CNB lance o ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha para disputar a eleição interna.

Na Bahia, Lindbergh almoça com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Jaques Wagner. O ex-governador da Bahia é próximo ao senador e ao ex-ministro, de modo que ainda não decidiu a quem dará apoio. No entanto, Wagner tem dito que para o atual momento, Lindbergh reúne mais características para assumir o PT. A defesa do timoneiro do projeto petista na Bahia é de que o partido precisa voltar às origens e ter suas bases inflamadas.

Neste sentido, Lindbergh traz a experiência de 1991/92 e teria mais condições de “provocar” a militância petista em um cenário eleitoral que apresenta uma curva decrescente. Outro dado interessante é que, embora seja eleito pelo Rio de Janeiro onde está radicado, Lindbergh é de João Pessoa, Paraíba. No Nordeste há um ambiente propício a quebrar a hegemonia dos paulistas na direção do PT.

No que se refere à corrente de Lindbergh, o “buraco” é mais embaixo. Conforme apurou a reportagem do Bocão News, o senador escolheu não ser membro de nenhum agrupamento interno desde a sua filiação. Em seu gabinete há pelo menos um representante de cada uma das principais tendências do PT do Rio de Janeiro. Já na Bahia, o Muda PT, a EPS e segmentos da CNB convidaram o senador para atividades.

O Muda PT promete fazer a maior dessas ações em uma plenária na capital baiana, além de outra em Conquista. Já em Itabuna, o senador fará uma ativadade com Geraldo Simões. O ex-prefeito da cidade foi até pouco tempo atrás da CNB e está em processo de deslocamento para o Muda PT, portanto, o debate lá deve contar com membros destas correntes. A EPS, por sua vez, promove um ato no dia 1º em Uruçuca. A cidade no Sul baiano foi administrada por Fernanda, candidata a presidente estadual do PT, pela corrente liderada no estado pelo deputado Valmir Assunção. Na sexta, militantes da EPS de Salvador tomam café da manhã com o senador.

Sendo candidato à presidência nacional, Lindbergh de fato não deve se pronunciar sobre qual corrente é responsável pela paternidade de sua candidatura. Conforme apurou a reportagem, a ideia do senador, que não é favorito no cenário nacional, é manter o discurso à esquerda e angariar votos de quem está insatisfeito com os rumos que o partido tomou nos últimos anos.

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