Política

Aleluia e Marta se confrontam mais uma vez sobre o projeto Escola Sem Partido

Publicado em 23/03/2017, às 20h40   Victor Pinto


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Após a acalorada Super Terça na Câmara de Salvador, cujo debate foi norteado pelos argumentos contrários e favoráveis aos projetos da Escola Livre e Escola Sem Partido, eis que os proponentes das matérias, vereadora Marta Rodrigues (PT) e vereador Alexandre Aleluia (DEM), respectivamente, se encontram e debateram mais uma vez.

Desta vez foram nos microfones da Rádio Itapoan FM, no programa Se Liga Bocão apresentado pelo radialista Zé Eduardo.

A petista e o democrata puderam expor seus pontos de vistas a respeito das duas proposições, além de responderem perguntas feitas pelos ouvintes que puderam participar da edição do programa desta quinta-feira (23), que também contou com a participação dos jornalistas Cintia Kelly e Victor Pinto.

Para Marta, o Escola Sem Partido é uma proposição inconstitucional. A edil evocou a decisão liminar do ministro Barroso, do STF, que derruba o projeto no estado do Alagoas.  A petista achou correta a decisão do ministro e reforçou a tese de que a matéria serve como uma “mordaça” aos professores em salas de aulas.

“O professor tem que colocar a sua vivência em prática. O professor que ensina matemática, por exemplo, pode exemplificar os dados como o valor dos produtos e a inflação”, disse.

Aleluia foi de encontro ao pensamento da vereadora. Para ele, é necessário que haja liberdade religiosa, política e sexual dentro da escola. Mas que o assunto venha do seio familiar e não a escola como condutora do viés.

“Eu defendo a liberdade. O projeto não veda a discussão política, veda que o professor constranja o aluno. Queremos deixar expostos os direito e deveres. Não podemos aceitar as salas de aula como locais de doutrinação de partidos políticos”, reforçou.

O líder do DEM na Câmara de Salvador também reiterou que a medida do STF não atinge seu projetos, pois o magistrado se opôs a um artigo que não é encontrado na matéria da sua autoria.

Outro ponto debatido no programa foram os investimentos feitos pelo prefeito ACM Neto (DEM) em festas populares na cidade. A vereadora Marta acredita que o prefeito exagera na fomentação destas festividades, já Aleluia acredita que os eventos promovidos pela prefeitura resgatam a auto estima do soteropolitano e ajuda a movimenta a economia da cidade.

Sobre a legalização da terceirização nas atividades fins, projeto aprovado pela Câmara Federal na calada da noite desta quarta-feira (22), ambos também se confrontaram. De um lado Marta com a classificação de medida como uma “escravidão moderna” e do outro Aleluia ao rebater que a “escravidão moderna é o desemprego”.

O democrata acredita que a terceirização ajudará a ampliar o leque de vagas de emprego e a petista é contra e argumenta que o caso fere os direitos adquiridos pelo trabalhar, cuja principal proteção trabalhista é a CLT. 

Classificação Indicativa: Livre

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