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Na Sombra do Poder: Alan Sanches na Oposição?

Publicado em 28/05/2015, às 07h00   Editoria de Política (Twitter: @BocaoPolitica)


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Orgulho ferido?
Até que ponto a aprovação da Outorga Onerosa feriu o orgulho de alguns integrantes da oposição? Vânia Galvão (PT), Kiki Bispo (PTN), Beca (PTN) e Moisés Rocha (PT) não ficaram para votar. A atitude de Rocha, nos comentários dos corredores, foi motivada porque não ficou contente com a imposição do PT municipal de votar contra a matéria. “Ele iria subir no plenário para discursar sobre essa atitude, mas reconsiderou e preferiu ir embora”, contou um legislador.
Melhor do que a encomenda
Quem estava feliz da vida no plenário foi o vereador Joceval Rodrigues (PPS). Antes da votação, o líder do governo na Casa chutou que o placar seria de aprovação com 22 votos favoráveis.  Melhor do que a encomenda, acabou com 28 votos. Leo Prates (DEM) foi outro bom articulador e até sentenciou: “Em breve, vamos subir esses votos, breve”, brincou.
Uma vela para o santo, outra para o diabo
O vereador Antônio Mário (PSB) cada vez mais toma postura de vereador da situação, mesmo seu partido, o PSB, sendo oposição ferrenha na Casa. O socialista foi um dos que votou favorável pela Outorga Onerosa, da mesma forma como o vereador Edvaldo Brito (PTB), tido com o “independente”.
Ouvidos tapados
Na polêmica eleição da mesa diretora, no início do ano, o vereador Henrique Carballal (sem partido) pisou e tripudiou dos integrantes da oposição com a manobra feita pelo prefeito ACM Neto para viabilizar o ainda então petista na Ouvidoria da Câmara. Mas, se na gestão de Aladilce Souza (PCdoB) o órgão era elogiado pelo trabalho incansável, com Carballal no comando a Ouvidoria praticamente parou de existir. Resistentes à nova liderança, o comentário nos corredores da Casa é de que o novo ouvidor-geral está de ouvidos tapados para a população e para os servidores do órgão.
Sede universal
É visível nos trabalhos da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa da Bahia que o deputado José de Arimatéia (PRB) não quer “largar o osso” da presidência do colegiado. Na nova legislatura, Alan Sanches (PSD) assumiu a comissão e o membro do partido ligado a Igreja Universal ficou como vice. Mas nos debates diários é notório a sua sede de conduzir os trabalhos, provocando, inclusive, um certo ciúme do pessedista.
Resistência socialista
Muito foi falado da postura da deputada estadual Fabíola Mansur (PSB). Sempre em cima do muro, com um pé de um lado e do outro. Agora, a parlamentar tenta – sem sucesso  convencer o diretório municipal a apoiar o prefeito ACM Neto. Tem sido voto vencido constantemente, apesar da insistência em levar a sigla para a base do demista. Nesta segunda-feira (25), a pessebista participou de encontro na Fieb, para discutir a crise no estaleiro do Paraguaçu. Em uma mesa, juntamente com sindicalistas, estava o deputado federal Bebeto Galvão (PSB). Na outra extremidade, Lídice da Mata (PSB) estava com o senador Walter Pinheiro (PT) e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Jorge Hereda. No centro do auditório, Fabiola estava bem ambientada sentada ao lado dos demistas Jose Carlos Aleluia e Cláudio Cajado.
Volta à oposição?
Depois de tanto reclamar da condução do aliado no governo do Estado, o deputado estadual Alan Sanches (PSD) ensaia um retorno às suas origens: a oposição. Na antessala do plenário da Assembleia Legislativa, o parlamentar brincou com aquele que pode ser seu correligionário nos próximos meses, o deputado Pablo Barrozo (DEM). "Venha, vou ficar do seu lado". Barrozo não perdeu a oportunidade para futucar. "Hum, tá vendo aí?. Entendeu né?". O primeiro que vai compor a base do principal oposicionista do governador Rui Costa, o prefeito ACM Neto, é o filho, vereador Duda Sanches. O pai deve ir logo em seguida.
Round judicial
Eles brigaram na imprensa, um acusando o outro de irregularidade na eleição passada, quando ambos foram alçados a Câmara Federal. Jorge Solla disse que Aleluia recebeu dinheiro de empreiteiras envolvidas na Lava Jato, Aleluia, por sua vez, disse que o petista foi eleito pelo PT para escapar de prisão por causa de desmandos na Secretaria de Saúde. Solla não gostou e disse que vai processar o demista. Aleluia diz que não quer render o assunto, mas disparou. "Estou louco para que ele processe. É um direito dele, ou melhor, agora é um dever. Ele não vai me acusar sem resposta. Não direi nada mais até que ele represente [na Justiça], se mexa".
Bafo de Leão
Ao iniciar o discurso na posse de Hereda, com o auditório da Procuradoria Geral do Estado (PGE) lotado, o governador Rui Costa se dirigiu a seu vice, João Leão (PP): "Quero fazer uma cobrança de público aqui ao vice-governador João Leão, que prometeu a mim e a todos os santos que se ganhássemos as eleições pararia de fumar. Ganhamos e até hoje vossa excelência não parou". A gargalhada foi geral.
O Collor baiano
Nos corredores do Congresso Nacional, o estilo do deputado federal baiano Arthur Maia (PSD) tem sido comparado por jornalistas e deputados com o do ex-presidente da República, Fernando Collor de Melo. Tanto pela aparência física jovial e altiva quanto na forma, muitas vezes impaciente, de tratar alguns dos assessores mais próximos. 
Opositor com orgulho
Em um pleito de favas contadas, o deputado federal João Gualberto será eleito em 14 de junho o novo presidente do PSDB na Bahia. Calouro na Câmara, o tucano tem mostrado posição firme. É entre os deputados baianos na Casa, o mais opositor ao governo Dilma Rousseff. Segundo os dados do Estadão, Gualberto só acompanhou o governo em 18% das votações. Em números absolutos, das 65 votações, ele votou 53 oportunidades contra o governo. Os colegas de legenda, Jutahy Junior e Antonio Imbassahy têm taxa de governismo 25% e 23%, respectivamente.
Ato falho
Durante coletiva de imprensa em Salvador, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rosseto, foi abordado sobre a dívida de R$ 28 milhões que a Universidade Federal da Bahia (Ufba) havia anunciado como déficit de 2014. Após dizer que defende a quitação do débito, Rosseto quis mostrar-se antenado e começou a falar das ações do governo federal na Bahia e disse que antes o estado tinha apenas uma universidade e agora já são quatro. Foi prontamente interrompido pelo governador Rui Costa que corrigiu: "temos seis". Ao final, tentou descontrair: "eu ainda em quatro e a Bahia já tem seis universidades?".
Fala, mas não toca
Alguém precisa avisar ao presidente estadual do PR, deputado federal João Carlos Bacelar, que ele pode conversar sem tocar, sem se escorar no interlocutor, menos ainda lhes massagear os ombros. Virou motivo de piada entre jornalistas baianos quando uma repórter local penou sentindo o peso do parlamentar que resolveu, durante entrevista, descansar o corpo sobre os ombros dela. Enquanto ele falava, mentalmente parecia contar os minutos e segundos para entrevista acabar.
Bola fora da Conder 
Quando você ver uma resposta oficial de algum órgão público, publique, mas duvide do que foi dito. A Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder) mentiu. Em nota enviada ao Bocão News sobre a falta de segurança e a demora na conclusão das obras da Praça da Juventude, na Fazenda Grande do Retiro, disse que foram feitas adaptações no projeto visando atender os anseios da comunidade, bem como problemas relacionados às chuvas, impediram o cumprimento do cronograma inicial. Mentira.
Ao saber da lentidão nas obras, Nelson Pelegrino, deputado federal licenciado e secretário de Turismo,  foi questionar com a diretoria da Conder e trouxe à tona a verdade dos fatos. A empresa que tocava a obra, Alcance, perdeu fôlego e houve um destrato [rompimento de contrato] entre ela e a Conder. Uma nova licitação será feita para, então, as obras serem retomadas.

Classificação Indicativa: Livre

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