Política

Lira acredita que Brazão poderia estar livre se não fosse “repercussão” do caso Marielle

Marcelo Camargo / Agência Brasil
O deputado é apontado como um dos mandantes do assassinato da vereadora  |   Bnews - Divulgação Marcelo Camargo / Agência Brasil
Daniel Serrano

por Daniel Serrano

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Publicado em 26/04/2024, às 10h06


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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse, na última quinta-feira (25), durante entrevista à Globonews, que dificilmente o deputado federal Chiquinho Brazão estaria preso se não fosse a repercussão e importância que o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), morta em 2018.

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Brazão está preso desde o dia 24 de março acusado de ser um dos mandantes da matar a vereadora do Rio e o motorista Anderson Gomes. No dia 10 de abril, a Câmara decidiu pela manutenção da prisão do parlamentar.

Em março, Lira já havia sinalizado que não iria acelerar a tramitação da análise da ordem de prisão do deputado. O presidente da Câmara disse que apresentou aos líderes o posicionamento da assessoria jurídica da Casa e de alguns advogados sobre a situação do parlamentar.

“Não estava tratando se assassinou, se não assassinou, se era miliciano ou traficante, essas são questões de Conselho de Ética e questões da Justiça. A Câmara teria que analisar ali. Mas como o tema tem a sensibilidade, a repercussão, o clamor de todos por um esclarecimento, o clima pesou”, disse Lira.

“Nós tivemos uma decisão política de alguns partidos, de posicionamentos ideológicos de alguns partidos e, o que coube a mim, que foi o que eu disse e fiz. Você não vai encontrar um parlamentar naquela Casa que diga que eu pedi um voto para soltar ou para prender”, acrescentou.

“Na Câmara, todos os partidos se predispõem a sentar e definir, sem o mérito definido, mudanças de legislação para que se dê o regramento claro ao devido processo legal, prazos de inquérito, questão de foro, o que pode. Depois que isso andar com o grupo de trabalho, eu fiquei de me reunir com o presidente Pacheco (do Senado) para ver o que se extrai disso, que tem condições legais no Senado”, finalizou.

Após a manutenção da prisão de Brazão, a Câmara analisa um processo disciplinar que pode levar à cassação do mandato do deputado. Nesta quarta-feira (24), o deputado baiano deputado Jorge Solla (PT) foi escolhido como relator após a desistência de Rosângela Reis (PL-MG).

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