Desde que deixou de fazer parte do governo do estado, o peemedebista Geddel Viera Lima, alegando decepção com a gestão de Jaques Wagner, não poupa o petista de críticas. Em entrevista ao Programa Se Liga Bocão, na noite desta quarta-feira (16), voltou a disparar não só em direção ao chefe do Executivo, como também para Rui Costa, candidato escolhido para dar continuidade ao projeto. O candidato da bancada de oposição ao Senado Federal chegou a chamar o secretário da Casa Civil de “poste”.
O peemedebista afirmou que muitos prefeitos da base governista no interior do estado estão sendo pressionados de todas as formas para forçar um apoio a Rui Costa. 
“O que está sendo feito de pressão para apoiar o poste que ele resolveu colocar para governador não é brincadeira. Todos (os prefeitos do interior do estado) resistem, são obrigados a gravar depoimento, mas não apoiam de verdade porque sabem a dificuldade que será essa eleição do candidato do bolso do colete de Jaques Wagner. Ele tirou do colete para empurrar goela abaixo. Não era o candidato do PT internamente, nem do senador Pinheiro, nem de muita gente lá dentro. Não foi uma solução natural”, disparou Geddel Vieira Lima.
Críticas também não faltaram em relação à postura de Jaques Wagner em relação à licitação do transporte urbano em Salvador e a criação do Colegiado da Entidade Metropolitana, criada pelo governo através de um projeto aprovado na Assembleia Legislativa da Bahia sem consultar a prefeitura soteropolitana.
“Uma atitude totalmente desnecessária. É fundamental reestruturar o transporte em Salvador, que todo mundo está vendo como está. É uma falta de sensibilidade do governador Wagner querer retardar esse processo. Queremos melhorar significativamente a qualidade de serviço e é isso que a população precisa”, defendeu Geddel.
Até quando parecia o peemedebista iria ‘aliviar’ para o lado do gestor estadual, não faltou alfinetadas. Primeiro, assoprou, mas logo em seguida voltou a morder ao comentar as obras da Via Expressa e do Hospital do Subúrbio.
“O que é feito de bom eu aplaudo e parabenizo. Em todas as gestões tem alguma coisa de bom. É impossível ficar oito anos sem fazer nada. O que eu não concordo é com o ‘promessômetro’ de Wagner, com a quantidade de promessas que não foram cumpridas. Poderia passar o dia citando várias. Acho que há um cansaço, fadiga do PT. É a hora de ir para a oposição. Quem sabe lá na frente, depois que passarem alguns anos, eles não voltam de novo”, concluiu o peemedebista.
Nota originalmente postada dia 16
