Educação

48 dias sem aulas: professores e alunos fazem manifestação

Imagem  48 dias sem aulas: professores e alunos fazem manifestação
Mais de 1,5 milhão de cadeiras estão vazias  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 28/05/2012, às 11h18   Caroline Gois e Redação Bocão News Twitter: @goiscarol


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Quase 50 dias parados. Nesta segunda-feira (28) a educação estadual da Bahia registra o 48º dia sem aula. Sem acordo entre governo e categoria, professores e alunos se reúnem em protesto na frente da secretaria de Educação, no CAB, pedindo uma solução. Os manifestantes prometem realizar uma passeata na Avenida Paralela, ainda na manhã de hoje. 

Bate-boca

Durante uma entrevista que contou com a presença do secretário de Educação do Estado, Osvaldo Barreto, e o coordenador da APLB- Sindicato, Rui Oliveira, realizada no programa do Bocãom na manhã de hoje, houve troca de acusações. "Por parte do governo, nunca houve quebra de diálogo. O sindicato sempre teve as portas abertas dentro da secretaria. Nosso desejo é que as aulas sejam retomadas para que possamos implantar o calendário de reposição de aulas”, disse o secretário afirmando que a Bahia tem um plano de carreira estruturado e remuneração superior a de outros estados.

Já o coordenador da APLB- Sindicato, Rui Oliveira, garantiu que tudo não passa de palavras em vão. “Hoje eles querem que retornemos para as salas de aula nos garantindo que vai sentar para negociar. Mas, quem garante que eles irão cumprir mais essa promessa? Se eles não honraram com os médicos? Também não honraram com as universidades?”, questionou.


A entrevista esquentou ainda mais quando Barreto pediu para Rui respeitar o momento de sua resposta. “Deixa eu concluir, Escutei você falar o que queria. Agora você vai ter que me escutar”, esbravejou o secretário, que também é professor. “Todos devem entender que o Governo da Bahia já paga acima do piso nacional para todos os professores. Isso eu garanto”, concluiu.

Rui Oliveira garantiu que enquanto o governador Jaques Wagner não reajustar o salário para toda a categoria em 22,22% de aumento, os professores não irão retornar ao trabalho. “Amanhã temos uma assembleia e estamos mobilizados por diversos bairros. Estamos unidos e não vamos ceder”. Nesta terça-feira (29), a categoria volta a se reunir para discutir os rumos do movimento.

O governador

No último dia 22, o governador Jaques Wagner esteve no Balanço Geral e comentou que se as aulas forem retomadas, haverá o pagamento dos dias não trabalhados. "A volta às aulas incluiria os dias não trabalhados e pagaremos a folha sem descontos no mês de maio. A decisão tem que ser rápida".

Wagner ressaltou também que não há como oferecer o reajuste reinvindicado - 22,22% - para toda a categoria, porque "concedemos o piso acima da faixa. Fora 11,5%. Mais 4% para 2013 e 3% para 2014. Tenho um limite no orçamento. Irei reabrir um diáogo e não farei proposta antecipadamente. Vamos continuar conversando".


Na sexta-feira (18), os trabalhadores fizeram uma lavagem simbólica, do Largo dos Mares até a Igreja do Bonfim.

Fotos: Bocão News // Roberto Viana

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