Diretor de ‘As Muquiranas’ abre o jogo sobre investigação de assédio; saiba mais

O diretor do bloco ‘As Muquiranas’, Washington Paganelli afirmou, em entrevista ao BNews, durante sessão na Câmara Municipal de Salvador (CMS), nesta segunda-feira (27), que o bloco está trabalhando para identificar os integrantes que assediaram uma mulher na última terça-feira (21), durante o Carnaval de Salvador.

Estamos tentando identifica-los. [...] Lugar de cometer crimes não é nas Muquiranas, não é no Carnaval de Salvador, não é em lugar nenhum. Nós queremos respeito para todos. Estamos tomando providência. Após identificarmos todas as fantasias numericamente, vamos ver se conseguimos acabar com as pistolas de água”, afirmou Paganelli.

Ele disse ainda que o bloco 'As Muquiranas' não aceita qualquer tipo de violência contra quem quer seja. "Estamos aqui nessa Casa, fomos até o prefeito [Bruno Reis] e vamos até o governador [Jerônimo Rodrigues] e ao Ministério Público para que essas pistolas sejam excluídas do Carnaval”, garantiu Paganelli.  Ele também disse que o bloco está aberto a sugestões. “[...] Nós vamos aproveitar esse momento para reestudarmos o Carnaval”.  

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Em entrevista concedida à reportagem do BNews na última quinta-feira (23), o diretor já havia dito que a administração do coletivo já está se articulando para identificar e excluir as pessoas de dentro do grupo.

Com o bloco As Muquiranas criado há 56 anos, Washington, que também atua como vice-presidente do Conselho Municipal do Carnaval e Outras Festas Populares, destaca que solicitará uma lei que proíba o uso de pistolas em todo o circuito por onde o grupo desfilar.

Relembre os casos

O mais recente aconteceu no último dia de desfile, na terça-feira (21) de Carnaval. Na ocasião, vários homens se envolveram em uma briga com muita pancadaria junto a um folião externo ao bloco.

Ainda no mesmo dia, imagens obtidas pelo BNews mostraram que uma mulher foi encurralada por foliões do bloco As Muquiranas, que só deixaram a mulher sair da roda após agentes da Guarda Civil Municipal (GCM) intervirem na situação.

Também no mesmo dia, foliões arremessaram objetos sobre os guardas municipais em outro local do circuito Osmar, no Campo Grande.