Camaçari: Empresário que ganhou licitação milionária é envolvido com política local

Ganhou mais um capítulo a polêmica escolha da Prefeitura de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, para contratação de link de internet e segurança cibernética para o Município. Informações chegadas ao BNews apontam que um dos proprietários da empresa é envolvido com a política local.

A contratação foi denunciada pela reportagem após a Prefeitura abrir licitação na modalidade pregão, com menor preço, e fechar contrato com a empresa que ficou em quinto lugar e apresentou valor 960% mais caro do que o serviço prestado pela atual.

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Atualmente, Camaçari conta com os serviços da ITS Brasil, com um contrato no valor de R$ 10 milhões. No entanto, a atual vencedora da licitação cobrou o valor de R$ 106.849 milhões.

No total, cinco empresas concorreram à licitação, mas três foram finalistas. Com lance de 27.232.000, a OI foi desclassificada por estar em processo de recuperação judicial. A ITS, que já prestava serviço na cidade por R$ 10 milhões e ofereceu o lance de R$27.260 milhões, foi desclassificada e perdeu para a quinta colocada, que apresentou o valor de R$ 106.849 milhões. 

No perfil oficial do Instagram da empresa ganhadora, PR Net, uma publicação de novembro de 2020 mostra que os proprietários têm atuação na política local. Na publicação, a empresa pede votos para o candidato a vereador, Paulinho, da base aliada do prefeito Elinaldo. 

Ativa desde 2017, a PR Net, que funciona no bairro Renascer - Phoc II, em Camaçari, é registrada em nome de Patrick Roberto Conceição Oliveira e Rosangela Ferreira Conceição, como sócia administrativa.

O BNews tentou contato com os proprietário da PR Net, mas não conseguiu êxito. Em nota, a Prefeitura de Camaçari informou, através do secretário de Governo de Camaçari, José Gama Neves, que "não existe contrato assinado".

De acordo com a Secretaria de Governo (Segov) do Município, "o processo está em tramitação ainda, as empresas estão sendo convidadas para apresentar a documentação, que é checada pela Comissão Permanente de Licitação da Diretoria de Compras (Dicomp), ligada a Secretaria da Administração (Secad)”.

Sobre a ligação do empresário com a política local, a Prefeitura preferiu não responder.