Alvo da PF admite que arrecadou dinheiro para acampamentos golpistas; saiba mais

O militante Rafael Moreno, alvo da operação da Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (16), devido à sua participação no 8 de Janeiro, confirmou ter arrecadado fundos para os acampamentos pró-golpe em frente aos quartéis do Exército, em Brasília. A 26ª fase da Operação Lesa Pátria cumpriu 18 mandados de busca e apreensão em oito estados.

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Em mensagens, no Twitter, anteriores à visita da PF em sua casa, Moreno afirmou: "Os recursos que arrecadei foram utilizados para a compra de alimentos, remédios, barracas, colchões, aluguel de tendas, entre outros itens, exclusivamente para o acampamento em frente aos quartéis".

Nota para a imprensa.

Olá. Pela segunda vez na minha vida estou sendo perseguido pelo ministro Alexandre de Morais, dessa vez estou sendo investigado por financiar o 8 de janeiro.

Não participei, nem incentivei e muito menos financiei os atos de depredação dos prédios na praça…

— Rafael Moreno🤖🔰 (@RafaelMorenoSS) April 16, 2024

O bolsonarista reforçou a informação em outra postagem: "Arrecadei fundos por meio de uma 'vaquinha' e do Pix exclusivamente para auxiliar na alimentação e transporte das pessoas acampadas em frente aos quartéis".

Durante o 8 de Janeiro, Moreno participava de um ato golpista em São Paulo. Enquanto as sedes dos Três Poderes eram invadidas, Moreno comemorava em um vídeo no Instagram: "Invadiram o Congresso, pessoal! Tomamos o Brasil de volta, pessoal! Agora é tudo nosso, tudo dominado!", gritava, em meio a faixas pedindo um golpe militar.

Moreno solicitou doações aos apoiadores do golpe por meio de seu próprio Pix: "Ajude com as caravanas e alimentação dos patriotas em Brasília enviando qualquer quantia".

Em 2021, Moreno também foi alvo de investigação por promover uma 'vaquinha' para financiar protestos do Sete de Setembro, quando o então presidente Jair Bolsonaro xingou ministros do Supremo e ameaçou descumprir decisões do tribunal.