Política

Residência do vice-presidente padece com infiltrações, mofo e rachaduras

Imagem Residência do vice-presidente padece com infiltrações, mofo e rachaduras
Palácio do Jaburu tem sido uma dor de cabeça para Michel Temer   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 30/12/2013, às 07h37   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Após visita ao luxuoso palácio do sultão de Omã, Qaboos bin Said, em março do ano passado,o vice-presidente da República, Michel Temer, ficou com ótimas impressões das instalações e recebeu a promessa de que a visita seria retribuida. Se o sultão cumprir o prometido, o segundo homem mais importante da república passará vergonha. O Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente,  literalmente, está caindo aos pedaços.
Construído para servir de residência aos vice-presidentes, o Palácio do Jaburu é uma das mais belas obras do arquitero Oscar Niemeyer. Os ambientes são adornados com painés, esculturas e afrescos de renomados artistas. Além disso, são seis quartos, sala de cinema, escritório e um salão para recepções.

Apesar do requinte, o Jaburu, contruído na decáda de 70, nunca passou por uma reforma geral. Diferentemente das torneiras de ouro de Omã, as instalações hidráulicas no palácio brasileiro mal funcionam. O mobiliário de alguns quartos inclui velhos guarda-roupa e barulhentas camas de madeira. Por causa do mofo e da falta de circulação do ar, os aposentos são raramente usados.

Faça chuva ou faça sol, é desesperador ficar no Palácio do Jaburu. Nas quentes e secas tardes de Brasília, o mau funcionamento do ar-condicionado é um desafio para os engravatados. Ninguém sabe explicar o que acontece, mas os aparelhos só funcionam por 20 minutos. Depos disso, a direção dos ar se inverte e passa a soprar do banheiro para o escritório.
Na temporada de chuvas, uma verdadeira cascata escorre por uma abertura do teto, repleto de infiltrações e sem nenhum sistema de drenagem. A água invade o subsolo e alaga o andar inferior, onde funcionam a administração  e o refeitório dos servidores do palácio. Devido à umidade, a sala privativa de cinema foi tomada por fungos. 
Se sobra água em alguns ambientes, falta em outros. Grande parte das descargas dos banheiros não funcionam no palácio.
A situação de calamidade do Jaburu foi documentada em relatórios de inspeção realizados por técnicos do próprio governo. O vice-presidente solicitou, em diversas oportunidades, a reforma do palácio, mas foi repetidamente negado pela Secretaria Geral da Presidência.
Em um ofício, uma assessora de Temer protestou oficialmente: "A não execução desses serviços tem causado grande desconforto ao senhor vice-presidente da República, em sua residência oficial".
Até então, nada para Temer e o Jaburu continua sem previsão de ter novamente um status de palácio.

*Com informações da Revista Veja

*Nota originalmente publicada às 11h59 do dia 29/12

Classificação Indicativa: Livre

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