Política

Zé Neto sai em defesa de presidente e ex do TJ-BA

Imagem Zé Neto sai em defesa de presidente e ex do TJ-BA
Petista compara execração pública de petistas à dos magistrados baianos  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 20/11/2013, às 06h13   Luiz Fernando Lima (twitter: @limaluizf)


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Ainda reverbera entre os petistas a prisão dos réus da ação penal conhecida como “Mensalão”. Nesta terça-feira (19), o líder da bancada governista na Assembleia Legislativa, deputado estadual José Neto (PT), se mostrou indignado com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

“No processo democrático antes de condenar é preciso esgotar o devido processo legal. O devido processo legal não passa apenas por normas que podem ser alterados a pedido do freguês. Antes de Dirceu e Genuíno a acusação deveria provar, agora é o réu que deve se inocentar. Modificaram dentro do contexto. Hoje, o que temos é uma condenação que excedeu as penas que se usavam de nove anos”.
O petista relacionou a execração pública dos condenados pelo STF às represálias que estão sofrendo o presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, Mário Alberto Hirs, e a ex-presidente Telma Brito. “Eles estão sendo execrados, julgados praticamente, antes do processo. Isso sem entrar no cerne da questão. Na minha avaliação, o cerne da questão é mudar a estrutura do Poder, a estrutura de vencimentos, de cargo de confiança em excesso”.
De acordo com o petista, o Judiciário precisa se abrir como outras instituições estão se abrindo.  “Até aqui ninguém pode dizer nada sobre a seriedade de Telma e Hirs, inclusive sou solidário aos dois, estão servindo como uma espécie de bode expiatório para que o CNJ demonstre aqui na Bahia que está trabalhando”.
PT
Ainda sobre a condenação e a repercussão do julgamento, Zé Neto reconhece que o partido paga o preço pelo que pregou. “Nós pagamos mais caro porque somos pregadores. Ninguém neste país, na prática, executou mais ética e transparência. Há um preço porque nós tocamos o bumbo e quando a gente toca a pancada é maior”.
O líder governista se refere ao fato de o PT ter defendido a ética como bandeira política enquanto esteve na oposição. Contudo, ainda que faça a mea culpa o parlamentar rechaça a pecha de maior escândalo político do país.
“Não da para imaginar que um bando de ave de rapina que passou 500 anos como capacho da elite e que foi responsável pela destruição de sonhos do povo brasileiro, venha neste momento querer se vangloriar de paladino da moralidade. Sou desses que dizem todos os dias: não me diga que está pior”. 

Publicada no dia 19 de novembro de 2013, às 16h29

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