Política

Requerimentos da CPMI das Fake News contra assessor de Eduardo Bolsonaro anulados por ministra podem ser reformulados

Jane de Araújo/Agência Senado
Weber determinou a suspensão do efeito de nove requerimentos da CPMI que ligam um assessor do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) a uma conta investigada por suposta disseminação de mentiras  |   Bnews - Divulgação Jane de Araújo/Agência Senado

Publicado em 29/04/2020, às 18h00   Pedro Vilas Boas



Após a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber anular e suspender requerimentos da CPMI das Fake News por serem "abrangentes", os pedidos podem ser reformulados pela Comissão. A possibilidade foi desenhada pela relatora, deputada federal baiana Lídice da Mata (PSB).

Weber determinou a suspensão do efeito de nove requerimentos da CPMI que ligam um assessor do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) a uma conta investigada por suposta disseminação de mentiras. A liminar foi expedida a pedido de Carlos Eduardo Guimarães, funcionário do gabinete de Eduardo.

"Caso seja necessário, há a possibilidade de mudança dos requerimentos", disse a parlamentar, em entrevista ao BNews. A reformulação seria uma forma de conseguir manter os efeitos práticos, anulados e suspensos pelos requerimentos serem genéricos.

O assessor do filho do presidente da República pediu a suspensão dos efeitos de nove requerimentos. Rosa Weber anulou o alcance jurídico de três e determinou que a Comissão não pode analisar seis outros que ainda não foram votados.

"O que mais me surpreende é o medo do assessor do gabinete do deputado de quando quebrarem o sigilo, vir algo comprometedor. Essa é a única maneira que enxergo do assessor do Eduardo Bolsonaro ter entrado com mandado. Quem não deve não teme", avaliou à reportagem o senador Angelo Coronel (PSD), presidente da CPMI das Fake News.

A Comissão foi comunicada da decisão no último dia 8 e recorreu da liminar da ministra Rosa Weber, que abriu prazo para a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestar sobre o assunto.

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