Política

Justiça barra votação do PDDU da Copa

Imagem Justiça barra votação do PDDU da Copa
"JH não aprende. Ele quis repetir a mesma receita do outro plano diretor que foi aprovado",diz Olívia Santana  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 22/12/2011, às 08h56   Marivaldo Filho



Após as quatro audiências públicas para discutir o polêmico projeto que propõe alterações ao Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) da Copa, a votação da matéria, que já não iria ser realizada este ano, foi barrada por meio de uma liminar impetrada pelo Ministério Público da Bahia, na tarde desta quarta-feira (21). Com a decisão, a votação em regime de urgência-urgentíssima do PDDU, só poderá ser concretizada, após o recesso parlamentar. 
Para o vereador Téo Senna, líder da bancada do governo na Casa Legislativa, a população de Salvador é quem sai perdendo, com a decisão. “Todos os processos de crescimento da cidade estão sendo ‘judicializados’. Esse projeto contribuirá para a geração de emprego e renda para os moradores de Salvador. Acho que o prefeito João Henrique deve recorrer. De qualquer forma, votamos o Orçamento e nem votaríamos mais PDDU este ano. A Câmara cumpriu todos os trâmites legais, realizou as quatro audiências públicas para discutir com a população, e, na Lei Orgânica do Município, lei maior da nossa cidade, diz que qualquer projeto do Executivo pode tramitar em regime de urgência. Não sei mais o que podemos fazer para resolver esse impasse”, declarou Senna. 
Já a vereadora Olívia Santana (PCdoB), integrante da ala oposicionista do Legislativo Municipal, comparou a tramitação do PDDU da Copa com o Plano Diretor que foi aprovado no final do ano de 2007. “João Henrique não aprende. Ele quis repetir a mesma receita do outro PDDU que foi votado nesta mesma época do ano e da mesma forma. Se o Ministério Público barrou, é porque está seguindo a lei. O prefeito poderia ter mandado o projeto anteriormente para ser analisado e discutido com a população”.
A comunista acredita que a ação da Justiça beneficiará os moradores da cidade. “O que é essencial para a Copa é a área do entorno da Arena Fonte Nova. Construir mais hotéis não é prioridade para o nosso povo. A Copa só é um pretexto para João Henrique fazer isso. Ao invés de construir hotéis, ele poderia fazer intervenções e deixar a cidade mais organizada para receber um evento deste porte”, completou Olívia Santana.

Nota publicada às 19h30 do dia 21

Classificação Indicativa: Livre

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