Política

Após reunião com Guedes, Negromonte Jr "não vê clima" para Reforma da Previdência em 2018

Luís Carlos Campos Sales/Agência Senado
Paulo Guedes usou parte do seu tempo do encontro com os membros da CMO para defender a Reforma   |   Bnews - Divulgação Luís Carlos Campos Sales/Agência Senado

Publicado em 24/11/2018, às 19h35   Henrique Brinco


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A Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) recebeu na noite da última quarta-feira o futuro ministro da Economia do governo Jair Bolsonaro, Paulo Guedes. Foi o primeiro contato de Guedes com os integrantes do colegiado, onde está em tramitação o projeto da lei orçamentária de 2019 (PLN 27/2018).
O encontro  ocorreu na presidência da CMO, durou aproximadamente uma hora e meia, e segundo o presidente do colegiado, deputado Mário Negromonte Jr. (PP-BA), serviu para que a comissão apresentasse ao futuro ministro o cronograma de tramitação do projeto do novo orçamento.
Segundo relato Negromonte Jr., Paulo Guedes usou parte do seu tempo do encontro com os membros da CMO para defender a Reforma da Previdência. O tema, que não diz respeito ao projeto do Orçamento de 2019, não foi bem recebido por alguns parlamentares.
 "A Reforma da Previdência que está lá tramitando não é a mesma que o próximo governo quer fazer. Parece que eles querem fazer uma reforma focada no servidor público, aumentando em um ano a idade mínima do homem e da mulher. Mas ele não se aprofundou sobre como ele quer isso. Isso foi falado pela imprensa, mas não falaram exatamente sobre como iria fazer. Ele também demonstrou vontade de votar a reforma nesse ano, muito embora eu não veja clima para votar isso esse ano, não", diz Negromonte ao BNews.
Indagado se a relação do Congresso com o Planalto por ser difícil em função da escolha de ministros do futuro governo sem nenhum tipo de indicação política dos partidos, Negromonte analisa:  "Acho que Bolsonaro foi durante 27 anos deputado federal. Sabe que os ministros precisarão conversar com o Congresso, até para passar projetos que sejam do interesse de pastas".
O parlamentar também afirma que o PP nacional ainda não temou uma decisão final sobre apoio ou não ao governo eleito. "Não tenho muita expectativa de participação de nada, não. Vou cumprir meu segundo mandato de deputado federal e cumprir o que foi acordado. Lutar pelos municípios que eu fui votado. Nós aqui na Bahia apoiamos o PT de Haddad. Uma parte do PP nacional apoiou Bolsonaro e outra apoiou Haddad, Ciro ou Alckmin. O partido não tem fechamento de questão para apoiar Bolsonaro".

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