Política
Publicado em 24/06/2018, às 06h50 Eliezer Santos
O governador Rui Costa (PT) e a senadora Lídice da Mata (PSB-BA) evitaram comentar a reunião que tiveram na manhã deste sábado (23), na Governadoria, onde o petista avisou à socialista que ela ficará de fora da sua chapa majoritária para a disputa das eleições deste ano.
Os dois participaram, à tarde, da missa que encerrou o velório do ex-governador da Bahia, Waldir Pires, no Mosteiro de São Bento, em Salvador.
Questionado pelo BNews, Rui limitou-se a dizer que o anúncio com nomes da chapa será feito na segunda-feira (25) durante encontro com o seu conselho político, no Hotel Matiz, no Stiep.
Lídice, por sua vez, disse à reportagem que não responderia sobre as tratativas políticas. Atrasada, a senadora deu a negativa enquanto acelerava os passos para acompanhar a cerimônia de adeus ao ex-governador Waldir Pires. “Não falo sobre política aqui, me perdoe. Eu estou entrando já atrasada”, desculpou-se.
Minutos depois, o BNews conversou com o correligionário de Lídice, o deputado federal Bebeto Galvão (PSB-BA), que confirmou a reunião entre a senadora e Rui, mas não falou sobre o mérito da discussão.
“Soube da reunião, no entanto, nós estamos nos reservando ao direito de avaliar a conversa de modo coletivo, como é da prática e da condução política do PSB, de que sempre que haja negociação de caráter político referente a um projeto eleitoral, de que aquele interlocutor não expresse a sua posição individual e que ela seja fruto de uma avaliação, de um exame coletivo da direção partidária”, explicou Bebeto.
Segundo ele, a sigla deverá se reunir para avaliar as implicações dos acertos realizados e como se comportará nas eleições de outubro.
“A reunião ocorreu, mas a direção do partido ainda não se reuniu porque só a presidenta foi indicada como a interlocutora, a única, a exclusiva e a que pode falar em nome do partido é ela, ninguém mais. Nem eu, como deputado, não estou autorizado, por não ter participado da conversa. Qualquer outro membro do partido emite sua opinião pessoal. A que valerá é a da direção do partido”, reforçou.
Bebeto Galvão ainda evitou falar sobre o desenho eleitoral em que aparece como possível suplente de Jaques Wagner (PT) na vaga ao Senado e sinalizou que o PSB fará movimentos coordenados para dar viabilidade aos seus postulantes. “Até agora, eu sou candidato à reeleição. Repito o que tenho dito, nem eu, nem Lídice, sozinhos, somos capazes de definir o nosso futuro eleitoral. Ainda que o governador tenha dito algo, eu não sei o conteúdo da conversa com relação à posição da senadora, isso será objeto de uma reflexão, de um exame interno no partido, assim como a posição dos demais. Porque o partido terá convenções somente no mês de agosto. Os que se apresentam como pré-candidatos podem ser pré-candidatos hoje e em agosto não serem, sequer, candidatos”, detalhou.
“Estamos num compasso de espera, aguardando, encaminhando. E como é da nossa prática, toda e qualquer decisão adotada pelo partido será feita com clarividência política, transparência e reflexão coletiva da nossa direção”, completou.
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