Política

Insegurança deixa parques de Salvador abandonados

Publicado em 07/08/2011, às 09h00   Redação Bocão News



Patrimônios comunitários e redutos de área verde em Salvador, os cinco maiores parques da capital – Pituaçu, São Bartolomeu, Abaeté, da Cidade e Dique do Tororó – estão subutilizados por não oferecerem a segurança devida aos frequentadores. Mas de acordo a Secretaria de Segurança Pública, não há dados específicos referentes às ocorrências registradas nestas áreas. Entretanto, relatos de violência mostram porque os soteropolitanos se afastaram destes lugares públicos.

“Parei de usar a ciclovia depois que um amigo foi assaltado e, daqui a pouco, já vou, porque aqui fica perigoso”, contou o vigilante Fábio Reis, 29, enquanto assistia o pôr do sol com a namorada na lagoa do Parque de Pituaçu.

As áreas verdes e com menor fluxo de pessoas também são evitadas no Parque da Cidade. “Até o anfiteatro é bem monitorado, mas dali em diante, é cada um por si”, diz o eletricista João Alves Saturnino, 57, referindo-se ao trecho de mata que vai até o portão de divisa com as comunidades de Santa Cruz, Boqueirão, Areal e Nordeste de Amaralina. Um policial militar que não quis se identificar confirma: “As trilhas no meio das árvores são rota de fuga de bandidos, nelas é comum achar documentos e carteiras deixadas por eles”.

No Parque do Abaeté, a iluminação precária espanta o público depois das 18h. “Há um ano estamos solicitando novas lâmpadas, mas não se resolveu. Por conta disso, encerramos o baba mais cedo”, explica o ambulante Edson Paraíba, 50.

Com menos esconderijos naturais, o Dique do Tororó é bastante utilizado por quem faz caminhadas tanto pela manhã ou à noite. Porém, a área não está livre de assaltos e outros crimes. De dezembro de 2010 até agora, três corpos foram encontrados no espelho d’água do Parque.

Nos quatro locais, administrados pela prefeitura, Instituto do Meio Ambiente (Inema) e Companhia de Desenvolvimento Urbano (Conder), respectivamente, a situação é a mesma: a segurança pública está dissociada dos gestores, sendo de responsabilidade da Polícia Militar (PM). “O poder público virou as costas para estes espaços”, opina o arquiteto, urbanista e professor da Uneb, André Santos. As informações são do A Tarde.

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