Política

Palocci deve fazer delação mesmo se for solto, dizem advogados

Publicado em 04/05/2017, às 06h37   Redação BNews



A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de soltar presos como o ex-ministro José Dirceu e o empresário Eike Batista dificilmente alterará a disposição do ex-ministro Antonio Palocci de fazer delação premiada, segundo a colunista Monica Bêrgamo. Criminalistas próximos a ele dizem que o ex-ministro deve seguir nas negociações com a Lava Jato.
A colunista lembra que o caso de Palocci lembraria o de Ricardo Pessôa, da empreiteira UTC, que foi solto pelo STF e, mesmo em liberdade, fechou delação. E do casal de marqueteiros do PT, Mônica Moura e João Santana, que foram libertados pelo juiz Sergio Moro e ainda assim assinaram acordo de colaboração.
Ainda de acordo com a publicação, a delação teria como principal atrativo não a liberdade imediata, considerada alívio passageiro, e sim a redução drástica de pena para pessoas que, como Palocci, sabem que a probabilidade maior é a de que sejam condenadas a muitos anos de cadeia no fim do processo.
O advogado de Palocci, José Roberto Batochio, está entregando em mãos aos ministros da 2ª Turma do STF, que libertou Dirceu, o pedido de habeas corpus para libertação do ex-ministro que ele fez no dia 26 de abril e que está estacionado no gabinete de Edson Fachin, relator da Lava Jato.
Palocci teria até uma vantagem em relação a Dirceu para ter o pedido atendido: ao contrário do colega, condenado duas vezes por Moro a 31 anos de prisão, o ex-ministro da Fazenda ainda não foi sentenciado.

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