Política

Procurador pede investigação sobre escritório de filho de ministro baiano do TCU

Publicado em 10/07/2016, às 09h32   Redação Bocão News


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O Ministério Público junto ao TCU (Tribunal de Contas da União) pediu a abertura de investigação que atinge o escritório de advocacia de Tiago Cedraz, filho do presidente do tribunal, Aroldo Cedraz, de acordo com informações divulgadas pela Folha.
Segundo o jornal, o pedido, assinado pelo procurador Júlio Marcelo de Oliveira, diz que há fatos de "extrema gravidade e materialidade" nas contas do Sesc-RJ (Serviço Social do Comércio), abastecida com dinheiro público, e da Fecomercio-RJ (Federação do Comércio do Estado do Rio).
A publicação afirma que o procurador se baseou em auditoria do conselho fiscal do Sesc que aponta gastos de R$ 108,9 milhões com serviços advocatícios de dezembro de 2015 a março de 2016, na gestão de Orlando Diniz. O relatório diz que parte das despesas não têm documentos comprobatórios ou foge às finalidades da instituição.
Os recursos eram transferidos do Sesc-RJ para a Fecomercio-RJ fazer o pagamento dos escritórios. Diniz preside as duas entidades. O Sesc é abastecido com recursos de contribuições compulsórias arrecadas pela União. Sobre o escritório de Cedraz, o procurador pede esclarecimentos sobre a emissão de nota de R$ 9,6 milhões para a Fecomercio-RJ e o seu cancelamento após 20 minutos. A auditoria aponta que o Sesc-RJ transferiu R$ 6,1 milhões à Fecomercio-RJ para o custeio da despesa depois que a nota fiscal já havia sido cancelada. Diz, portanto, que a transferência foi realizada "sobre documento inábil".
Filho do presidente do TCU, Cedraz é investigado no Supremo Tribunal Federal, em desdobramento da Lava Jato, sob suspeita de ter sido contratado para fornecer informações privilegiadas em um processo da usina de Angra 3. Ele nega as acusações e diz que não foi contratado para atuar no TCU.

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