Política
Publicado em 14/04/2016, às 12h28 Rodrigo Daniel Silva (@rodansilva)
O prefeito ACM Neto (DEM) sempre diz que precisa evitar, como gestor, entrar na briga sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), mas quando pode ele dá uma cutucada nos adversários políticos. Desta vez, o democrata provocou os aliados da petista ao falar sobre a proibição pela Polícia Militar, segundos os organizadores do evento, de manifestações a favor do impedimento da petista no Farol da Barra com o argumento de que o espaço já estava reservado.
Nesta quinta-feira (14), Neto disse que achou “interessante” o fato dos movimentos contrários ao impeachment ter escolhido o Farol da Barra para protestar “na última manifestação logo na hora H”. Para ele, a escolha foi “simbólica”. “É impossível a gente conviver com dois grupos, um favor e outro contra impeachment, no mesmo local do ponto de vista da segurança. [...] Não sei o motivos, mas acho irrazoável uma disputa pelo Farol da Barra. A cidade é grande e tem muitos lugares para manifestanter”, disse.
Ainda na entrevista, o democrata alfinetou os aliados de Dilma. “Acho que [o grupo pró-governo] prestigia um lugar que foi totalmente requalificado pela prefeitura [ao escolher a Barra para protestar]. Mostra o apreço deles pelo Farol da Barra. A dica que deixo aos movimentos que são favoráveis ao impeachment é de busquem outro espaço. Me parece que foi escolhido Jardim de Alah. Todos têm o mesmo direito de se manifestar”, ressaltou ao ser provocado pelo Bocão News.
Mobilização
Depois de uma reunião com a Polícia Militar, os movimentos Brasil Livre (MBL) e Vem Pra Rua e a Ordem dos Médicos do Brasil (OMB) decidiram que os protestos a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), no próximo domingo (17), a partir das 14h, acontecerão no Jardim de Alah, antes estavam previstos para ocorrer no Farol da Barra. A mudança aconteceu porque está agendado para o mesmo dia uma vigília contra o impedimento da petista, organizada pela Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo.
Um dos coordenadores do MBL, Eduardo Costa, afirmou que o movimento tentou manter o ato no Farol da Barra, mas a Polícia Militar proibiu. “Nós argumentamos, sugerimos a divisão do espaço, mas não deixaram. Agora, nós não temos nenhuma expectativa de público, porque as pessoas há mais de um ano estavam acostumadas a ir para lá, mas esperamos ter uma forte mobilização”, disse.
O deputado estadual Pablo Barroso, líder do DEM na Assembleia Legislativa, afirmou que a ação da PM de “proibir” mobilizações pró-impedimento na Barra, “por decisão do governador Rui Costa [...] alimentam o confronto”. "O que o governador Rui Costa está fazendo é alimentar o confronto, já que todos sabiam do evento pró-impeachment na Barra. O PT e seus sindicatos e movimentos sociais comprados só programaram o evento deles para a Barra para promover confusão, pois sabem que a presidente Dilma Rousseff vai perder na Câmara”, criticou o democrata, ressaltando que estuda acionar o chefe do Executivo estadual juridicamente.
O governo do estado negou ontem, por meio de nota, que a Polícia Militar tenha proibido atos a favor do impeachment no Farol da Barra. De acordo com o órgão, a PM não vedou, mas sim “sugeriu que eles [os organizadores] fizesses o protesto em outro lugar”.
Ainda segundo o governo, o movimento pró-Dilma pediu para realizar o ato na Barra no dia 11 de abril. Já o pedido dos manifestantes pró-impeachment foi protocolado na PM no dia seguinte, 12 de abril. “Diante do contexto, representantes do pró-impeachment informaram à PM que fariam o ato no Jardim de Alah e a reunião acabou. A Polícia Militar apenas recomendou, não proibiu nada. Obviamente, não houve proibição do governador. Objetivo da recomendação foi garantir a segurança de todos e evitar confrontos”, informou.
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