Política

João Santana pode ter recebido dinheiro do petrolão no exterior

Publicado em 17/01/2016, às 07h24   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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A força-tarefa da Operação Lava Jato conduz em Curitiba um inquérito sigiloso que tem como protagonista o marqueteiro João Santana, que atuou em campanhas presidenciais de Lula e Dilma Rousseff, de acordo com informações do colunista Josias de Souza. Os investigadores suspeitam que o personagem pode ter recebido em contas abertas no exterior dinheiro proveniente do petrolão, informa o repórter Rodrigo Rangel em notícia veiculada na edição mais recente de Veja.
Segundo a coluna, a investigação originou-se numa batida da Polícia Federal realizada em 5 de fevereiro do ano passado, na nona fase da Lava Jato, batizada de My Way. Munidos de mandados judiciais, os agentes federais varejaram os endereços de onze operadores de propinas na Petrobras. Os nomes haviam sido repassados pelo delator Pedro Barusco.
Ex-gerente da diretoria de Serviços da Petrobras, controlada pelo PT, Barusco esmiuçou, em acordo de delação premiada, o funcionamento da esquema de pilhagem que integrou. Funcionário do terceiro escalão da estatal, ele próprio amealhou notáveis US$ 97 milhões por baixo da mesa. Confessou que escondera a fortuna em bancos na Suíça.
Chama-se Zwi Skornicki um dos operadores cujos nomes Barusco entregou à força-tarefa da Lava Jato. Engenheiro, Zwi representava no Brasil o estaleiro Keppel Fels, de Singapura, que detinha contratos bilionários com a Petrobras. Barusco contou que, entre 2003 e 2013, o engenheiro pagou a ele próprio, a outros funcionários da Petrobras e ao PT propinas providas pelo estaleiro asiático.
A residência de Zwi, assentada num condomínio da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, foi uma das que os agentes da PF visitaram naquele dia 2 de fevereiro. Buscavam-se as provas dos pagamentos indevidos. Ao analisar o material recolhido, os investigadores encontraram uma carta que conduziria a investigação até João Santana.
A carta foi remetida a Zwi no ano de 2013. Contém dados de duas contas no exterior —uma aberta nos Estados Unidos; outra, na Inglaterra. Manuscrita, a correspondência tem como remetente Mônica Moura, mulher e sócia de João Santana. O que os investigadores desejam esclarecer é que tipo de vinculação financeira poderia haver entre a cônjuge e sócia do marqueteiro petista e um operador de propinas pilhado no escândalo da Petrobras.
Publicada no dia 16 de janeiro de 2016, ás 10h19

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