Política

Ex-gerente da Petrobras volta a acusar Gabrielli de ser conivente com corrupçã

Publicado em 23/09/2015, às 06h05   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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A ex-gerente executiva da área de Abastecimento da Petrobras, Venina Velosa da Fonseca, voltou a afirmar em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, que a direção da estatal sabia de irregularidades em contratos e acusou o ex-presidente da empresa, José Sérgio Gabrielli, de ser conivente.
Na oportunidade, ela também voltou a dizer que foi afastada do cargo e perseguida administrativamente depois de denunciar superfaturamento em obras da Petrobras. Entre outras irregularidades, ela levantou suspeita sobre a construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e sobre gastos na área de comunicação da estatal.
Ela afirmou em depoimentos à Polícia federal que houve uma "escalada de preços" nas obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, depois que o ex-diretor de Serviços da estatal, Renato Duque, desaprovou o novo modelo de contrato que responsabilizaria as empresas contratadas em caso de prejuízos.
"Ele tinha consciência não só através do Conselho de Administração, mas também das reuniões de diretoria. Essa inviabilidade foi informada. E todas as pautas que colocamos a ordem foi mandar prosseguir", contou.
Ela disse que o novo modelo foi discutido em uma reunião com as presenças de Gabrielli, Duque e Fernando Sá, então gerente jurídico que foi afastado de suas funções depois de denunciar a existência de cartel na empresa.
Venina foi acusada, por uma investigação interna, de responsabilidade em quatro irregularidades – uma delas a de não levar em conta um desconto de R$ 25 milhões oferecido pela empreiteira Alusa para o fornecimento de máquinas e equipamentos para as obras da Abreu e Lima.
Na época, ela era subordinada a Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras e um dos principais delatores do esquema de desvio de recursos da estatal.
Outra irregularidade atribuída a ela foi ter assinado, junto com o então gerente da área de Serviços, Pedro Barusco, um plano para a antecipação das obras da refinaria, o que teria dado prejuízos à empresa.

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