Política

Novo mandato de Dilma é marcado pelo avanço de forças conservadoras

Publicado em 09/12/2014, às 08h54   Redação Bocão News (Twitter:@bocaonews)



O governo da presidenta Dilma Rousseff consolida-se, dia após dia, pelo avanço das forças conservadoras. A tendência consolida-se como uma articulação que deixa cada vez mais afastados os parlamentares e a militância de esquerda na composição do próximo mandato.

No ministério, que deverá ser anunciado em sua integralidade na próxima quinta-feira (11), a presidenta Dilma reservou à ultradireita, entre outras, a pasta da Fazenda, com o economista Joaquim Levy – amigo pessoal do candidato derrotado Aécio Neves (PSDB-MG) e convidado para integrar a equipe que formulou o programa de governo dos tucanos, liderado por Armínio Fraga, neto, ex-presidente do Banco Central (BC) na gestão de Fernando Henrique Cardoso.

Fontes indicaram, ainda, que a ruralista e senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) está praticamente definida para o Ministério da Agricultura, com o ex-presidente da Confederação Nacional da Indústria Armando Monteiro já anunciado no comando do Desenvolvimento.

No front legislativo a situação não é muito diferente. A perda de cadeiras dos partidos de esquerda para as legendas de ultradireita levou à situação em que o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ligado aos setores mais retrógrados da sociedade brasileira, poderá chegar à Presidência da Câmara, com o apoio do PT. As alianças construídas pelo peemedebista e a falta de nomes na base aliada do governo têm levado ministros e setores do partido a considerar um acordo com o parlamentar, caso seja eleito no comando da Casa.

Para conduzir o representante da ultradireita à terceira posição sucessória no país, segundo foi apurado, o grupo de Cunha já teria concordado com a desistência de se criar uma nova CPI da Petrobras, com o engavetamento do pedido de impedimento da presidenta Dilma, a pedido da oposição, e o afastamento de mais de 60 parlamentares que, conforme circula no Congresso, figuram na lista de envolvidos com a roubalheira na Petrobras, como apura a Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF).

Parte dos envolvidos não foi reconduzida ao Parlamento para a próxima legislatura, o que deixa entre 15 e 20 parlamentares em situação complicada. As informações são do Correio do Brasil.

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