Polícia

Guarda municipal atira em carro na Av. Paralela

Gilberto Júnior
Anderson Clayton Oliveira, que estava fardado, ainda é acusado de apontar arma para um adolescente  |   Bnews - Divulgação Gilberto Júnior

Publicado em 28/07/2012, às 13h18   Terena Cardoso (Twitter: @terena_cardoso)


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A ação de um guarda municipal quase termina em tragédia na tarde deste sábado (28) na Av. Luiz Viana (Paralela), em Salvador. De acordo com informações de testemunhas, o servidor municipal identificado como Anderson Clayton Oliveira Santos sacou uma arma e atirou em direção ao veículo de um empresário após uma discussão banal de trânsito.

Segundo informações de Darlan Almeida Ribeiro, 32 anos, que seguia em companhia de seu irmão de iniciais G.B.D.R, 16 anos, os dois foram surpreendidos pelo acusado quando trafegavam pela Av. Luiz Eduardo Magalhães. “Eu saí de meu trabalho com meu irmão e quando trafegava pela via, observei que vinha uma Kombi (veículo) da Prefeitura Municipal. Mudei de faixa e fui surpreendido pelo guarda que aos gritos me questionou se eu não respeitava a autoridade”, conta o empresário.

“Para minha surpresa ele sacou uma arma e apontou, com o carro em movimento, para o meu irmão de 16 anos. Assustado, acelerei e ele atirou, atingindo o pneu do carro”, complementa.


  Calota do carro de Darlan foi atingida

Anderson Clayton, segundo a vítima, continuou perseguindo até a entrada do bairro do Imbuí, na Paralela. “Eu já estava desesperado quando avistei uma viatura que aparentava ser do COE, da polícia civil e comecei a buzinar para chamar a atenção do motorista. Para meu azar o carro também era da guarda municipal”, relata.

Segundo Darlan, os outros guardas municipais não deram nenhum tipo de ajuda e ainda pegaram uma algema e apontaram uma arma de choque para seu irmão. “Ele é um adolescente. Ficou muito assustado com a situação, com o terrorismo”. O empresário e o irmão só foram salvos quando policiais militares chegaram logo em seguida. “Um motorista acompanhou toda ação e ligou para a polícia que chegou bem rápido. Se não fosse eles eu não sei o que teria acontecido”.


Darlan achou que o carro era da Coe da polícia civil e não Goe, da guarda municipal

Todos os envolvidos foram encaminhados para a 9ª Delegacia Territorial (DT/Boca do Rio) para prestar esclarecimentos. A arma utilizada pelo guarda municipal é de sua propriedade e tem registro, mas ele não tem autorização para manusear. Anderson teve o revólver apreendido.

O coordenador de operações da Guarda Municipal, Carlos Damasceno, esteve na delegacia acompanhando o acusado e informou para a reportagem do Bocão News que só deve se pronunciar na segunda-feira (28), por meio da assessoria de comunicação.


Foto aproximada de Anderson Clayton Oliveira, guarda que atirou
Fotos: Gilberto Júnior // Bocão News

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