Apenas os laudos periciais do Departamento de Polícia Técnica (DPT) poderão revelar o que provocou a morte do estudante Leonardo Moura, na segunda-feira (11), no Hospital Geral do Estado (HGE). Segundo a delegada Andréa Ribeiro, coordenadora da 1ª Delegacia de Homicídios (DH/Atlântico), “a polícia não descarta nenhuma linha de investigação, mas precisamos identificar a causa precisa da morte, já que nada até o momento nos indica que houve agressão”. Ainda segundo ela, imagens e testemunhos também podem ajudar a elucidar o caso.
Conforme Andréa, a família de Leonardo teve acesso ao prontuário do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e, nele, constava que o jovem tinha caído. De acordo com a polícia, a família disse também que, nos momentos de lucidez, o estudante disse não se recordar de ter sofrido agressões.
As informações da polícia vão de encontro à primeira versão que teria causado a internação de Leonardo Moura no HGE. Segundo foi relatado pela irmã da vítima, Caroline Moura, o jovem tinha saído da boate San Sebastian, por volta das 5h30 de domingo (10), quando, enquanto caminhava sozinho pela região da praia da Paciência, teria sido agredido por um suposto crime de homofobia.
Imagens da região já estão sendo solicitadas e possíveis testemunhas estão sendo buscadas por equipes da DH/Atlântico. Os prontuários de atendimento médico do SAMU e do HGE também foram solicitados e serão anexados ao inquérito. Os socorristas que prestaram o atendimento a Leonardo já foram identificados e devem comparecer ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), para prestar depoimento.
