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Licitações do PCC: Saiba quem são e a atuação dos suspeitos no esquema em prefeituras

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De acordo com os investigadores, o esquema usava diferentes empresas e representantes para simular concorrência em licitações  |   Bnews - Divulgação Divulgação / MPSP

Publicado em 29/04/2024, às 07h43 - Atualizado às 07h43   Redação



Uma operação descobriu fraudes em licitações para prefeituras e câmaras de vereadores em 12 municípios do estado, em favor do Primeiro Comando da Capital (PCC), em São Paulo.Políticos, funcionários públicos, advogados e empresários foram implicados, presos, investigados ou suspeitos de envolvimento em peculato no âmbito a Operação Muditia, realizada pelo Ministério Público Estadual e pela Polícia Militar. As informações são do Estadão.

A reportagem detalha que um empresário conhecido no meio artístico do pagode como Latrell Brito, Vagner Borges Dias, é apontado como líder da quadrilha. Ele tinha uma vida de luxo, com viagens ao exterior e colecionava armas. Latrell era quem vereadores cooptados procuravam para receber propina sobre contratos públicos. Vagner foi pressionado pelo PCC a repassar parte dos R$ 14 milhões obtidos pela sua empresa, Vagner Borges Dias ME, em um contrato de limpeza para o Metrô.

Um outro investigado é Márcio Zeca da Silva, conhecido como "Gordo". Ele já foi condenado por tráfico de drogas no ano de 2023 e, no esquema, é apontado como sócio de Vagner. Gordo teria envolvimento com o PCC, liderando negócios para lavar dinheiro do tráfico.

De acordo com os investigadores, o esquema usava diferentes empresas e representantes para simular concorrência em licitações. A investigação identificou também mais dois empresários, Carlos Roberto Galvão Júnior e Antônio Carlos de Morais, que atuavam como "laranjas" ou intermediários. As propinas aos agentes públicos eram pagas por Wellington Costa, conhecido como "Bola". Com eles, os promotores encontraram registros de envelopes com dinheiro vivo.

No âmbito da operação foram denunciados os empresários, quatro vereadores e três servidores públicos por participação na organização criminosa. Eles teriam solicitado propinas em troca de favorecimento em contratos públicos. O advogado representante do PCC, Áureo Tupinambá de Oliveira Fausto Filho, também foi detido por suspeita de envolvimento no esquema.

A investigação também apura ainda a infiltração do PCC em empresas de ônibus que têm contrato com a Prefeitura de São Paulo, incluindo a Transwolff, cujos diretores estão ligados a membros ou parentes da facção.

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