Polícia

Daniel Cravinhos tenta tocar a vida, mas 'fantasmas' do passado o assombram: 'não tem perdão'

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Daniel Cravinhos e seu irmão mataram os pais de Suzane Magnani, ex-Richthofen  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Redes sociais

Publicado em 17/04/2024, às 09h48   Redação BNews


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Daniel Cravinhos de Paula e Silva, de 43 anos, que matou a golpes de porrete os seus então sogros, pais de Suzane Magnani, ex-Richthofen, abriu a sua vida para o jornalista Ullisses Campbell, da coluna True Crime, do jornal O Globo. Em regime aberto desde 2017, ele tem um relacionamento com uma maquiadora e está prestes a ser pai.

Em liberdade, Daniel trabalha em uma oficina de personalização de capacetes e motos para competições. Ele diz tentar tocar a vida, mas que os fatos do passado ainda lhe perturbam e afetam também as pessoas que o cercam.

As mortes cometidas por ele e seu irmão, Cristian Cravinhos de Paula e Silva, são encaradas como “fantasmas” impossíveis de serem evitados. A culpa pelo duplo homicídio foi descrita como “colossal e devastadora". Daniel disse ainda que tem dificuldades de dizer que é “um assassino”, mas comentou que o que fez “não tem explicação, perdão e nem clemência”.

“Quero dizer às pessoas que cometi um crime, me arrependi profundamente e pago por ele até hoje. Não sou uma pessoa feliz. Apenas tento recomeçar a vida como um homem comum. Tento praticar o bem sempre para me redimir. Mas é difícil manter a cabeça erguida, pois sou julgado diariamente”, comentou.

O ex-namorado de Suzane afirmou ainda que tenta praticar boas ações para se "redimir", mas que é difícil se manter forte, já que é julgado diariamente. Ele comentou também que, à época das mortes, era “idiota e imaturo”, e que os assassinatos não foram cometidos por um único motivo, mas por um conjunto de fatores que incluem “paixão, possessão, impulsividade, descontrole, inconsequência e raiva”.

“Eu matei uma pessoa brutalmente. Vou viver com isso até o fim dos meus dias. Tento superar o que fiz para viver o resto da minha vida em paz, mesmo que não mereça esse sossego”, completou.

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